"O Governo salvou o Estado de bem estar com as reformas que implementou com coragem"

23 de janeiro de 2015
PSD

O Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da
Cooperação começou a sua intervenção nas jornadas sobre Consolidação,
Crescimento e Coesão – Um Caminho para o Crescimento e o Emprego, em Évora,
utilizando um tom de certa forma intimista, mas sem nunca perder de vista o
essencial: a explicação das políticas que foram adoptadas pela Maioria para a
resolução dos problemas concretos das Portugueses.

“É disso que se trata: falarmos das nossas vidas”, antecipou
Luís Álvaro Campos Ferreira, acrescentando que “estas jornadas têm essa
virtude: dizermos qual foi a casa de partida, quais foram as medidas que
tivemos de tomar e também assumirmos os seus resultados. Não são jornadas de
acusação. São jornadas que pretendem  ser
construtivas”.

Luís Álvaro Campos Ferreira recordou então a casa de
partida, ou seja, a iminência da bancarrota deixada pelo Partido Socialista:
“Foi uma crise sem precedentes na nossa história democrática: estagnação
económica, o quarto maior crescimento da dívida pública no mundo, uma divida
externa liquida que triplicou e triplicou também o desemprego. Foi este o País
que nos deixaram, foi este o País que herdámos”, lamentou.

O sentido concreto da Social-Democracia

Acertadas as contas com o passado, o governante focou-se no
essencial: assumiu as dificuldades decorrentes do processo de ajustamento,
explicou os resultados positivos das políticas da Maioria e apresentou exemplos
concretos. “Conseguimos hoje migrar os conhecimentos dos jovens das
universidades para os sectores tradicionais de produção e somos agora um País
com uma enorme capacidade exportadora. Estamos a competir com os melhores do
mundo em vários sectores. Não é um fogacho: a nossa economia mudou mesmo de
paradigma”, elogiou o governante.

Campos Ferreira acrescentou de imediato que “a economia não
é um mapa de excell, a economia é confiança, a economia é capacidade de
acreditar, a economia é derrubar barreiras todos os dias. O investimento está
agora a crescer acima dos 3% e isso significa que há mais confiança e que os
investidores acreditam mais em Portugal”. Nesse sentido, continuou, “temos de
ter paciência, os problemas não se resolvem com uma varinha mágica, mas os sinais
positivos dão-nos esperança”.

Antes de terminar a sua intervenção orientado por uma
mensagem de esperança, Luís Álvaro Campos Ferreira fez questão de reafirmar a
genética Social-Democrata do PSD como um factor decisivo: “O Governo salvou o
Estado de bem estar com as reformas que implementou com coragem porque é um
Governo social-democrata, liderado por um Partido Social-Democrata”, exaltou o
governante.

Por fim, Campos Ferreira deixou uma mensagem concreta de
esperança: “Os juros da dívida são o maior Ministério e não é por serem
elevados: é por a dívida ser demasiado grande, mas estamos a trabalhar todos os
dias para que 2018 seja o primeiro ano com défice zero”, concluiu.