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“É muito bonito andar a tentar mostrar as divergências quando se sabe antecipadamente que não se vai votar em sentido contrário”, acusa o PSD em relação à posição do BE e do PCP.
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião do Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD), Luís Montenegro desafiou o atual Executivo a esclarecer as dúvidas quer persistem sobre o negócio do Novo Banco.
“O Governo e o primeiro-ministro devem responder às perguntas diretas que nós colocamos: quanto custa o perdão que é feito aos juros dos empréstimos concedidos aos bancos e de que forma é que as obrigações vão ser trocadas”, afirmou o Presidente do GPPSD.
Luís Montenegro também questionou as declarações de António Costa, de que o Estado terá permanecido no Novo Banco, através do fundo de resolução.
De que tipo de credibilidade é que estamos a falar, a credibilidade do parceiro [Lone Star]? Ou isto corresponde a uma exigência do próprio parceiro? E porquê? Para aportar mais garantias ao negócio?”, interrogou.
Sobre as recentes posições tomadas pela esquerda parlamentar, nomeadamente o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP), o Líder da bancada parlamentar social-democrata criticou a atitude do BE e do PCP neste processo.
“PCP e BE sabem que não vão votar contra a decisão porque a decisão não é susceptível de uma decisão do parlamento. Os projetos de resolução são para distrair, são para brincar, são folclore político”, destacou referindo que “é um negócio do Governo que eles suportam. É muito bonito andar a tentar mostrar as divergências quando se sabe antecipadamente que não se vai votar em sentido contrário”.
“Ou eles perderam capacidade de poder influenciar a decisão do Governo e querem confessar isso publicamente ou querem fazer de conta que estão em desacordo”, acrescentou.
Sobre as divergências registadas na quarta-feira na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (Cofma), em que o pedido do PSD à UTAO começou por ser aprovado tendo depois a esquerda pedido uma retificação e ‘chumbado’ o requerimento, Luís Montenegro disse que o seu grupo parlamentar “lamenta muito” a atitude da maioria.
“Há uma tentativa de se quererem confundir questões diferentes, a questão aqui é muito direta e muito objetiva: quanto custa a circunstância de se ter prolongado o empréstimo por 30 anos, com uma taxa de juro que os bancos vão pagar que é mais baixa do que aquilo o Estado paga por emprestar o dinheiro correspondente”, defendeu.