“Não há razões para Portugal ser alvo de sanções”

26 de junho de 2016
PSD

Pedro Passos Coelho recusou hoje que se instrumentalize os portugueses no quadro de uma "guerrilha política" com a Comissão Europeia, recusando a ideia da realização de um referendo caso sejam impostas sanções por défice excessivo.

"Penso que não é correto instrumentalizar os portugueses num quadro de alguma guerrilha política entre Portugal e a Comissão Europeia por causa de sanções. É um pouco nesses termos que leio a proposta [do BE]", afirmou o Presidente do PSD após uma reunião de preparação do Conselho Europeu em São Bento e quando questionado sobre as declarações da coordenadora bloquista.

Reiterando que "não há objetivamente razões para Portugal ser alvo de sanções", Pedro Passos Coelho rejeitou a possibilidade de se realizar um referendo sobre a Europa em Portugal, considerando que se trata de "um não assunto".

Por outro lado, sobre o Brexit, o Presidente do PSD foi claro em relação à sua opinião sobre a importância da Europa e dos respectivos Estados-membros:

A europa é um projeto de paz e que precisa de ser levado mais longe. Seremos capazes de ser mais bem sucedidos se tivermos numa europa com este perfil”, disse mencionando que “o facto de o Reino Unido ter decidido sair da UE não nos pode fazer esquecer que o Reino Unido faz parte da Europa . É um dos mais velhos aliados de muitos países europeus e seguramente temos, Portugal e o Reino Unido, a mais velha aliança do Mundo. E, portanto, é do interesse de todos que esse processo possa desenvolver-se de uma forma construtiva, aberta, salvaguardando os interesses quer daqueles que são europeus e vivem no Reino Unido , bem como de cidadãos britânicos que residam noutros países da UE.”