Maria Luís Albuquerque: «falar em consolidação vai passar a ser cada vez menos o tema; será crescimento e coesão»

28 de janeiro de 2015
PSD
Este ano de 2015 já está a ser melhor e vai ser ainda melhor daqui para a frente. Os números da execução orçamental que excederam as previsões do Executivo foram o ponto de partida da intervenção de Maria Luís Albuquerque nas jornadas sobre o emprego, o crescimento e a coesão, no Porto.

E é precisamente no crescimento e na coesão que a ministra das Finanças coloca os objectivos de futuro de Portugal, numa altura em que se deixará de falar tanto em «consolidação» e em que «o ministro das Finanças será um tema bem menos apaixonante». Mas, alertou a ministra, «o assunto das Finanças tornar-se-á desinteressante», só quando «deixar de ser um problema».

«Foi difícil chegar até aqui mas valeu a pena». Para a ministra das Finanças, foi o percurso que Portugal fez que permite hoje «beneficiar das medidas que outros tomam». O trabalho feito é também garantia para o futuro, face à incerteza que rodeia o País. Mas, afirmou ainda, «estamos mais defendidos, mais protegidos e somos menos afectados», num caminho de «liberdade e responsabilidade», em que Portugal está plenamente integrado nas regras europeias a que escolheu vincular-se.

É também um caminho de reformas estruturais. Maria Luís Albuquerque considerou «injusta» a acusação de que o Governo perdeu o ímpeto reformista e destacou uma das reformas essenciais na pasta que tutela – «temos contas públicas completamente transparentes e escrutinadas». «Hoje já não temos medo de abrir as gavetas e ver que surpresa nos vai aparecer», acrescentou ainda.

O reconhecimento do caminho feito também vem de fora. Maria Luís Albuquerque explicou ao militantes social-democratas que Portugal é visto hoje como um país que sabe cumprir as suas responsabilidades. Recordando uma ideia de Marco António Costa, vice-presidente do PSD, a quem coube a abertura da sessão no Porto: Portugal deixou de fazer parte do problema e passou a integrar a solução. «A diferença de atitude é extraordinária», reforçou a ministra de Estado e das Finanças, referindo o «enorme sentimento de satisfação» dos parceiros europeus.

Crescimento e emprego: «a afirmação da realidade concreta dos portugueses»
Também para Marco António Costa, «2015 será um ano marcado por factos inequivocamente positivos para os portugueses». E porque no PSD nada é deixado ao acaso, tudo se planeia, o vice-presidente do Partido fez a ligação entre a confiança que os portugueses já sentem e o tema das V jornadas Consolidação, Crescimento e Coesão. O crescimento e o emprego, assegura, já estão a ser sentidos pelas pessoas no seu dia-a-dia.

Mas porque o desemprego ainda é um desafio, Marco António Costa espera que as próximas jornadas sejam dedicadas à confirmação dos actuais sinais positivos: a criação de emprego, os mínimos históricos atingidos pelas taxas de juro, os resultados da execução orçamental e o sucesso nos objectivos do défice. 

O responsável social-democrata recordou ainda os primeiros anos destas jornadas, algumas «muito penosas». Em 2014, porém, «já se perspectivava um tempo diferente», «por muito que os nossos adversários políticos tentassem escamotear». Segundo Marco António Costa, «os portugueses sentiam que algo de efectivo estava a mudar na sociedade».

Em linha com tal mudança, hoje «é muito confortável para um português saber que, em 2011, todos estavam preocupados connosco e a Grécia», enquanto hoje «estamos juntos com os outros, preocupados com a Grécia». Lembrando ainda que a oposição «queria que seguíssemos a estratégia» grega, enfatizou o mérito do planeamento do Governo a longo prazo. Foi «no meio da tempestade que tivemos a determinação e a capacidade de planear o futuro, quando todos na oposição diziam que o futuro não tinha possibilidade».

Virgílio Macedo, presidente da comissão política distrital do PSD Porto, recebeu os convidados e deixou um exercício de revisita aos últimos três anos e meio de governo, para concluir: «estamos muito confortáveis com o trabalho realizado e os resultados alcançados pela nossa governação.»