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Maria Luís Albuquerque, Vice-presidente do PSD, afirmou que o executivo mentiu na entrevista dada ontem, 5 de dezembro, à RTP. António Costa acusou o anterior Governo de maquilhar o que se passava no banco do Estado para conseguir uma saída limpa do programa de resgate.
“Na entrevista concedida ontem à Televisão Pública, o Dr. António Costa repetiu que o anterior governo ocultou a verdadeira situação do sector financeiro, e da própria CGD, para poder assegurar a saída limpa do programa de ajustamento. Ou seja, o executivo repetiu uma mentira, certamente na convicção de que uma mentira muitas vezes repetida passa a ser verdade. “
Maria Luís Albuquerque, em declarações à imprensa, alerta que quando o executivo faz uma “acusação desta gravidade, mesmo se falsa, não põe em causa apenas o anterior governo.”
Estas acusações colocam “uma mancha sobre a seriedade e competência da anterior administração da CGD, constituída por profissionais que devem merecer todo o respeito pelo trabalho que fizeram em condições difíceis.”
Também colocam em causa “reguladores, desde o Banco de Portugal, à CMVM e ao Banco Central Europeu.” Igualmente, “a Direção Geral de Concorrência da Comissão Europeia que acompanha o plano de reestruturação da CGD decorrente da recapitalização feita em 2012.”
Além disso, também “os auditores, em quem diz agora depositar confiança para apurar os montantes da próxima operação de recapitalização da CGD e todos os bancos nacionais, sujeitos ao acompanhamento e controlo de todas estas entidades, lançando um manto de suspeita e desconfiança generalizado.”
A Vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, repetiu que para uma operação urgente como o Governo classificou da recapitalização do banco "até agora só temos conversa".
“António Costa procura desviar atenções da incompetência da sua gestão no processo da Caixa repetindo acusações falsas de forma irresponsável”, salientou.
Afirma que o atual executivo “não responde às questões que o PSD, e não só, lhe coloca no Parlamento sobre esta matéria.”
“É profundamente lamentável que um primeiro- ministro que afirma querer estabilizar o sistema financeiro não revele nem a atitude responsável que seria de esperar, nem tome as decisões que efetivamente contribuiriam para a tranquilidade e estabilidade da banca nacional, algo que interessa também ao PSD, como a todos os portugueses.”
