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O ministro da Saúde, Paulo Macedo, analisou hoje a trajectória do sector da Saúde nos últimos três anos. Segundo o membro do Executivo, presente na sessão da Distrital de Castelo Branco das V Jornadas Consolidação, Crescimento e Coesão - "Um Caminho para o Crescimento e o Emprego" -, o Serviço Nacional de Saúde encontrava-se “em risco de falência em 2011”.
Para Paulo Macedo, 50% dos hospitais estava à beira da falência técnica e enfrentava sérios riscos de corte no fornecimento de material essencial à sua actividade. O ministro ilustrou desta forma o ponto de partida do actual Governo no sector, fruto da política do anterior Governo socialista e que estava a provocar a asfixia da Saúde. “Se não tivéssemos equilibrado as contas, o SNS perderia o seu carácter universal e gratuito, bem como a possibilidade de efectuar novos investimentos”. Contas que foram equilibradas graças aos impostos dos portugueses e não devido às taxas moderadoras que, revelou, não chegam a 2% do total das receitas do sector hospitalar.
Admitindo que há ainda muito por fazer no sector, Paulo Macedo não perdeu a oportunidade para relembrar os 3.000 milhões de euros extraordinários com que o Governo teve de dotar a Saúde, para além do orçamento corrente. Dinheiro que se destinou “a pagar dívidas em vez de, como seria desejável, ter sido investido em mais cuidados continuados para os utentes”. Curiosamente, notou, são os mesmos que puseram o sector nesta situação que agora se apressam a criticar a falta de investimento.
Por fim, Paulo Macedo recordou que os cortes na Saúde não foram cegos, ao contrário do que muitos agora apregoam. “Cortámos com as fraudes, com o preço dos medicamentos e de dispositivos. Quanto às remunerações dos profissionais, o nosso objectivo é proceder à reposição de rendimentos”. Até porque, conforme afirmou, “não tenho nenhuma dúvida que os profissionais da Saúde são dos melhores e mais eficientes em Portugal”.