Eleições França: O resultado é o mais favorável ao interesse de Portugal

8 de maio de 2017
PSD

A eleição de Macron constitui "o resultado mais favorável ao interesse de Portugal como parceiro e aliado da França no contexto da União Europeia"

O PSD considera que a vitória de Emmanuel Macron nas presidenciais francesas é "o resultado mais favorável ao interesse de Portugal como parceiro e aliado da França", avisando ser "um erro subestimar" a votação de Marine Le Pen.

"O PSD, quando saíram os resultados da primeira volta destas eleições, declarou que favorecia o candidato pró-europeísta e defensor dos valores da Europa, da sociedade aberta e da economia social de mercado", disse Miguel Morgado.

“A eleição de Macron constitui o resultado mais favorável ao interesse de Portugal como parceiro e aliado da França no contexto da União Europeia", avançou o Vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD).

Para Miguel Morgado, "é um erro subestimar os resultados de Marine Le Pen", alertando que "o apoio que ela conseguiu granjear na primeira e agora na segunda volta devem constituir antes um sinal de que há muito trabalho político a fazer, muito debate político, intelectual, cultural de crítica aos extremismos políticos de esquerda e de direita na Europa".

"Esse trabalho crítico tem que ser intensificado em França, no resto da Europa também e em Portugal também. Deve ser um sinal de alerta e não devemos ser complacentes apesar de a vitória [de Macron] ter sido muito expressiva", defendeu acrescetando que "a defesa que Macron fez dos valores europeus contrasta com a atitude muitas vezes em toda a Europa, mas também em Portugal, de muitos políticos, partidos e governos até, de uma ação dúplice de se defenderem dos seus fracassos políticos atrás da Europa", comparou, numa crítica implícita à esquerda portuguesa.

"Resta-nos aguardar pelas eleições legislativas e saber até que ponto foi levada a destruição do partido socialista francês, que nestas eleições presidenciais acaba por ser o grande dado novo que é o quase desaparecimento de uma força política que ainda tem maioria absoluta no atual parlamento", declarou.