Dia da Europa: “O espaço europeu é determinante para o nosso destino coletivo”

9 de maio de 2017
PSD

Hoje, que se assinala o Dia da Europa, importa recordar muito do que o Partido Social Democrata tem defendido. Pedro Passos Coelho acredita numa Europa “cosmopolita, aberta e tolerante”. Da necessidade de proceder a reformas estruturais à criação de “algo de mais mobilizador para o futuro”. De uma união bancária à fiscalização da zona Euro. Os sociais-democratas defendem o projeto que, há 60 anos, foi “sonho de alguns”. Importa, agora, pensar o futuro, tal como muito o tem reiterado o líder do PSD.

 

Europa: projeto consistente e ambicioso

Há 60 anos, alguns países pensaram que a melhor maneira de evitar uma nova guerra mundial, de manter a paz era promover o comércio livre, com ambição de conseguir no futuro uma comunidade económica. Tivemos a possibilidade de tornar num projeto mais consistente e ambicioso hoje, que foi o sonho de alguns há uns anos.

 

Europa de Estados

Lutamos por uma Europa de responsabilidade. O PSD nunca se afirmou por um processo federalista dentro da Europa, sempre a concebemos como uma Europa de Estados, mas isso não significa lavar as mãos de um processo que tem de ser cada vez mais solidário do ponto de vista supranacional.

 

Raiz europeia é determinante

"A nossa pertença europeia é determinante para o nosso destino coletivo. Quando olhamos para o que podemos fazer no mundo, isso é impulsionado pela nossa pertença europeia. A nossa raiz europeia é determinante, por isso precisamos que as coisas na Europa dêem certo. Queremos estar do lado da solução, ser um elemento atrativo e que funciona bem".

 

Fazer reformas estruturais

Precisamos de atrair investimento. Não podemos viver eternamente à custa das facilidades que nos estão a ser outorgadas pelo Banco Central Europeu. Temos de ter mecanismos que auxiliem os países a fazerem reformas estruturais. Temos de trazer para dentro os jovens que estão fora. É esse o futuro da nossa Europa, senão envelheceremos mais rapidamente e perderemos força no mundo”.

 

Resolver problemas, para encontrar solução para o futuro

Ainda não ultrapassámos totalmente os problemas económicos e financeiros. Não há ainda, à escala europeia, uma solução para lidar com o futuro. O nível de dívida é, ainda, um travão ao crescimento em muitos países. Temos problemas sérios a resolver quando pensamos na segurança coletiva.”

Ainda não há uma noção clara dos novos empregos que a nova economia vai trazer. O rendimento disponível, para a generalidade dos jovens europeus, não é tão entusiasmante”. Importa, pois, “criar algo de mais mobilizador para o futuro. Temos de ter um programa económico em cada um dos países, mas também na Europa, que melhore a nossa perspectiva”.

 

Fundo Monetário Europeu

Na Europa, precisamos de ter uma agenda de crescimento. O plano Juncker não funcionou tão bem como era a perspectiva. Precisamos de atrair muito mais investimento para a Europa e de saber lidar com as crises de outra maneira. Temos de criar um Fundo Monetário Europeu. Não há nenhuma razão para que a Europa não trate destes problemas com as competências que reuniu e com os meios de que dispõem. Podemos fazê-lo, mas isso exige, à escala europeia, que se complete o processo de união bancária, que se crie uma verdadeira união financeira, para termos um edifício em torno do Euro mais robusto do que o que temos”.

 

Capacidade fiscalizadora

É indispensável fiscalizar. É impossível sustentar uma zona Euro sem capacidade fiscalizadora. Podemos discutir essa capacidade, temos de tê-la. Para o bem e para evitar uma crise mais forte nos próximos anos”.