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CGD: declarações do ministro das Finanças e do primeiro-ministro "não foram convincentes"
À margem de uma visita às empresas de produção de máquinas agrícolas Joper e Tomix, em Torres Vedras, Pedro Passos Coelho destacou as más políticas deste executivo, face aos dados do Produto Interno Bruto divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Para que o país possa crescer sustentadamente, tem de crescer com investimento, e foi justamente o que não funcionou durante o ano de 2016, em que o investimento afundou, a economia terá tido um desempenho pior do que o de 2015 e foi suportada pelo aumento do consumo", alegou o Presidente do PSD. "A estratégia da Governo revelou-se desacertada", afirmou Pedro Passos Coelho, manifestando também a esperança de que "o Governo tenha a humildade de concretizar" uma "alteração de política económica".
"Quando a economia cresce por via do consumo, isso significa que é a poupança que é sacrificada e, quando a poupança é sacrificada, como foi em 2016, o próprio investimento interno é penalizado", sustentou.
A economia portuguesa cresceu em 2016 e os dados hoje divulgados assim o demonstram. Mas, importa também destacar, que esses dados também comprovam o óbvio: A economia portuguesa cresceu mais em 2015 do que em 2016. Teve um maior crescimento no ano em que Portugal saiu da crise, crescendo de forma sustentada.
Não é com manobras e ilusões que este governo consegue ajudar as empresas a criarem mais e melhor emprego.
Caixa Geral de Depósitos: O país não pode “ficar dispensado de perceber o que se passou”
Sobre os últimos desenvolvimentos da polémica da CGD, Pedro Passos Coelho foi claro ao acusar o governo de se ter envolvido numa “trapalhada muito grande”, considerando existir obstrução para que se apure a verdade neste caso:
"O Governo quis fazer uma retórica que não corresponde à verdade dos factos, nem sobre o que se passa na Caixa nem sobre as necessidades que poderiam determinar a sua recapitalização, e envolveu-se numa trapalhada muito grande”, afirmou.
"A maioria tem-se oposto a que a verdade seja conhecida dos portugueses por via da Comissão Parlamentar de Inquérito", sustentou e, por uma maior transparência em todo o processo, Pedro Passos Coelho admitiu esperar que o país "não fique dispensado de perceber o que se passou". E, por isso, o PSD vai pedir esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito.