Comunidades Portuguesas: Centro Nacional de Documentação sobre a Emigração Portuguesa

26 de outubro de 2017
PSD

Entendemos que já passou o momento de olhar para as comunidades portuguesas como algo exótico, pois isso não faz justiça à enorme contribuição das mesmas para o desenvolvimento do nosso País”, afirmou esta quinta-feira o social-democrata Carlos Páscoa. Assim sendo, o PSD apresentou um projeto de resolução que recomenda a criação de um Centro Nacional de Documentação sobre a Emigração Portuguesa e desafiou os vários partidos a “acompanhar com voto positivo”.

De acordo com o deputado, este centro “é da maior importância, pois facilitará a toda a sociedade e diversas forças políticas uma melhor compreensão do potencial económico, cultural e social da nossa diáspora” que, segundo realçou, “ainda é muito pouco conhecida no nosso País”. Carlos Páscoa defendeu, assim, que se trata de “uma extraordinária ferramenta” que contribuirá para o desenvolvimento e “implementação adequada de medidas que melhorem a vida da nossa diáspora”, contribuindo também para avaliar “a sua contribuição para a economia de Portugal”.

O centro de documentação proposto seria “dinamizado pela tutela política das comunidades portuguesas” em articulação “com outras entidades de administração central e local, bem como com instituições privadas”.

De acordo com o social-democrata, atualmente, “apesar da importância do fenómeno migratório, poucas são as instituições especializadas no seu estudo”. Acresce, ainda, o facto de “ser extremamente difícil aceder à imensa informação existente em organismos, de que se destaca a Direção-geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas”.

 

Portugal: “um País construído com base num processo migratório constante desde há mais de cinco séculos


Portugal é um País construído com base num processo migratório constante desde há mais de cinco séculos”, assinalou Carlos Páscoa. “De acordo com dados das Nações Unidas, estima-se que residam fora do território nacional cerca de 2,2 milhões de cidadãos que aqui nasceram, a que se somam mais 2,5 milhões com nacionalidade portuguesa”.

Lembrou, ainda, o “profundo processo migratório para a América do Sul e do Norte, África e Ásia iniciado no século XVI, mas com especial relevância em finais do século XIX e início do século XX”.

Acrescentou, ainda, que “a tal universo tem de se juntar um grande número de portugueses que saíram de Portugal, a partir da segunda metade do século XX, com destino a variadíssimos países europeus, com destaque para França, e com significativa integração nas comunidades locais”.