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O PSD afirma que o primeiro-ministro não pode "dar à sola" no caso da Caixa Geral de Depósitos (CGD), admitindo usar todas as prerrogativas ao dispor dos sociais-democratas para que o líder do executivo preste esclarecimentos.
"Não excluímos nenhuma das nossas prerrogativas para podermos cumprir o nosso papel de fiscalização em nome dos portugueses", afirmou Luís Montenegro, Líder do Grupo Parlamentar do PSD.
Em conferência de imprensa no parlamento, o líder da bancada do PSD acusou o primeiro-ministro de hoje de manhã demonstrar, mais uma vez, estar a "fugir às suas responsabilidades", quando "é o ator principal deste filme, é o mentor de toda a estratégia financeira do Governo a propósito de todo o sistema financeiro e da Caixa".
"Não pode, por assim dizer, dar à sola e não assumir as suas responsabilidades quando o Governo enfrenta dificuldades", argumentou, sublinhando igualmente que a administração demissionária do banco público não está isenta de ainda apresentar as declarações de rendimentos.
A demissão da administração da CGD não apaga os deveres de apresentação de declaração nem de dar explicações sobre todo este processo. A administração demitiu-se mas é preciso que sejam dados esclarecimentos sobre as razões de saída. O governo tem de dizer mais do que disse no comunicado de ontem à noite.
A demissão não apaga os deveres de escrutínio e a competência fiscalizadora para assembleia da república, sobretudo dos partidos da oposição.