Rui Rio insiste que o País deve conhecer todos os relatórios sobre Reguengos de Monsaraz

24 de agosto de 2020
Grupo Parlamentar

Rui Rio reafirma que os portugueses têm o direito de conhecer todos os relatórios referentes aos factos ocorridos no lar de idosos de Reguengos Monsaraz. “Não se pode saber o que diz esse relatório oficial?”, questionou o Presidente do PSD, referindo-se em concreto ao relatório oficial do Ministério da Segurança Social.

Rui Rio declara também que os portugueses devem ter acesso público ao inquérito conduzido pela Ordem dos Médicos, ainda que seja um documento oficioso. “Quer num [relatório] quer noutro há elementos que se cruzam, designadamente a fraquíssima qualidade das circunstâncias em que os idosos estavam em Reguengos. Foi mandado para o Ministério Público, mas por esse motivo não tem de estar em segredo de justiça. (…) É fundamentalmente para que se perceba o que correu mal, para que não corra mal noutras situações. Há mais de duas mil instituições como Reguengos”, disse.

O líder do PSD defende uma maior cooperação entre os diferentes organismos do Estado, criticando, por exemplo, que “o Ministério da Saúde e da Segurança Social não dialoguem”.

Num comentário sobre a festa do Avante!, e em coerência com as primeiras críticas via Twitter, Rui Rio critica a prepotência do PCP e a posição contraditória do Governo. “O Partido Comunista quer fazer a festa, mas o Governo vai autorizar. As responsabilidades são repartidas. (…) É algo muito prepotente do Partido Comunista e algo que não se compreende por parte do Governo, que nalgumas coisas é rigoroso e noutras não tem rigor nenhum. Era bem mais prudente que o PCP fizesse aquilo que todos os demais partidos fizeram, que foi cancelar a festa. (...) Quer o Governo quer o PCP estão a dar um mau exemplo ao País”, apontou, lembrando que na região do Minho foram canceladas dezenas de romarias por causa da pandemia.

O Presidente do PSD esteve esta segunda-feira, no distrito de Viana do Castelo, onde visitou duas instituições: a Santa Casa da Misericórdia dos Arcos de Valdevez e a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima. O objetivo destes encontros foi o de conhecer no terreno o trabalho realizado pelas instituições sociais na prevenção e combate à Covid-19 e quais os cuidados adotados para garantir a segurança dos utentes, colaboradores e familiares.

“Aquilo que eu pretendo ao fazer com estas visita, em concreto a dois lares, é que aquilo que correu muito mal em Reguengos sirva para dar uma maior visibilidade aos lares e às carências que têm. Ouvi muitas ideias relativamente simples e que melhoram o trabalho das IPSS e salvaguardam a saúde dos utentes”, explicou.