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Rui Rio confrontou o Primeiro-Ministro com os números preocupantes da evolução da taxa de mortalidade em Portugal. Considerando este “o tema mais importante” no atual momento, o líder do PSD afirmou que “a taxa de mortalidade em Portugal tem evoluído de uma forma absolutamente dramática”. De acordo com as últimas estatísticas, revela o social-democrata, entre o dia 2 de março e o dia 20 de setembro morreram em Portugal cerca de 64 mil pessoas. “Esse número corresponde a mais 7100 óbitos do que aquilo que foi a média dos últimos 5 anos. Mais 12,5% de mortes em Portugal para lá do que foi o normal nos últimos 5 anos”.
Segundo Rui Rio, este aumento não se deve à covid-19, uma vez que num universo de 7100 óbitos, 1920 são consequência da pandemia. Face a estes dados, Rui Rio questionou ao Primeiro-Ministro o que está o Governo a fazer para contrariar esta evolução.
Para o Presidente do PSD, a causa deste aumento do número de óbitos estará na falta de assistência. “Nos primeiros 7 meses deste ano houve menos 1 milhão de consultas médicas nos hospitais. Houve menos 990 mil episódios de urgência. As listas de espera agravaram-se e há casos de mais de 3 anos de espera por uma consulta. Houve menos 99 mil cirurgias, 6 mil delas urgentes. O que é que aconteceu a esses portugueses que precisavam de uma cirurgia e não a tiveram?”
Esta realidade é ainda mais grave, no entender de Rui Rio, nos cuidados de saúde primários, com menos 4,7 milhões de consultas nos centros de saúde, uma quebra de 38%. Com 1 milhão de portugueses ainda sem acesso a um médico de família, Rui Rio questionou a António Costa quando é que vai dar cumprimento à promessa, que fez em 2016, de que todos os portugueses teriam médico de família.