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O grupo parlamentar do PSD recomenda ao Governo a manutenção do financiamento à bienal de arte de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo, que ficou excluída do Programa de Apoio Sustentado 2020-2021 da Direção-Geral das Artes (DGArtes).
No projeto de resolução, os deputados do PSD afirmam que a decisão do Executivo “coloca em causa a viabilidade e a continuidade daquela que é a mais antiga bienal de artes do país”.
O PSD lamenta que não obstante o governo anunciar o investimento na cultura e a necessidade de ser promovida a descentralização das artes, “veio a público que a DGARTES, ao contrário do que tem vindo a suceder, não atribuiu qualquer verba à Fundação Bienal de Artes de Vila Nova de Cerveira”.
“A subsistência dum acontecimento desta relevância numa região transfronteiriça, fora dos grandes centros urbanos, apenas foi possível com o apoio financeiro da autarquia e do estado nomeadamente através da DGARTES”, assinalam os deputados.
O PSD recorda que a “bienal de arte de Vila Nova de Cerveira é desde 1978, e desde 2010, através da sua fundação, um ator fundamental na promoção da descentralização cultural ao ter um papel essencial na promoção das artes plásticas nacionais e internacionais”.
Nesta iniciativa, o grupo parlamentar social-democrata destaca que, “apesar de todos os constrangimentos com que se tem deparado ao longo das suas quatro décadas de existência, muitas delas decorrentes do facto de existir fora dos chamados grandes centros urbanos”, a bienal de arte é “mais antiga do país e Península Ibérica e impôs-se como um dos acontecimentos mais relevantes fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”.
A candidatura da bienal de Cerveira ficou assim excluída de financiamento público na próxima edição, quando recebeu o apoio direto de 40.000 euros em 2013, 44.800 euros em 2015 e 40.000 euros tanto em 2017 como em 2018.