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O Grupo Parlamentar do PSD votou favoravelmente à renovação do Estado de Emergência, não deixando, no entanto, de fazer alguns alertas ao Governo.
Carlos Peixoto sublinhou que o PSD rejeita “o aproveitamento político gratuito desta crise”, e continua a “colocar sempre o interesse coletivo em primeiro lugar”, mas o estado de emergência “não pode ser uma cortina de fumo para ocultar os seus erros”.
“Não há quem não saiba que no Verão, o Governo esteve confiadamente a banhos em vez de estar afincadamente a trabalhar numa estratégia de recuperação dos milhões de consultas, tratamentos e cirurgias que as suas opções políticas comprometeram. E não há quem não sinta que não foi capaz de travar o brutal aumento da mortalidade decorrente das doenças não COVID, (mais de seis mil mortos nos últimos meses), ou que não foi diligente nos lares para conter os contágios e os óbitos da população mais idosa”, afirmou o vice-presidente da bancada laranja.
Agora, se por um lado, é compreensível “que se pretenda suavizar o nível de cansaço e de exaustão com tanta, e por vezes, tão confusa, contraditória e injusta proibição”, por outro “dilema persiste e a adesão à realidade tem muita força”.
Tal como afirmou Carlos Peixoto, “ou o Governo é ponderado e inteligente ou é simpático e popular. Tudo ao mesmo tempo, pode ser explosivo e fazer detonar a bomba relógio”.
O social-democrata sublinhou ainda que “na última semana, os contágios aumentaram 4%, e só não aumentaram mais porque o número de testes diminuiu. As mortes subiram 7%, para o maior registo de sempre” e o “Governo português é o único na Europa que não implementou medidas de restrição de circulação entre concelhos nos próximos 15 dias, mesmo nos de elevado risco”.
Tanto quanto se sabe, é também o “único que não deu nenhuma indicação de referência para o número máximo de pessoas que deverão agrupar-se nas reuniões familiares, ou para a adoção de outros comportamentos padrão”.
Para o PSD, a época do Natal “não dispensa a definição de indicações mais claras que auxiliem a decisão moral de cada um”.