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O líder do Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD), Luís Montenegro, demonstrou a sua perplexidade que o alvo da explicação sobre a Taxa Social Única (TSU) seja o Partido Social Democrata (PSD).
“O que estamos a fazer com esta ação é a salvar a concertação social. Estamos a dizer ao primeiro-ministro que, da próxima vez que for negociar com os parceiros sociais — e se calhar vai ter de o fazer já a partir da próxima semana quando tiver de encontrar uma alternativa a esta medida –, o deve fazer garantindo que a sua posição tem apoio político dentro da maioria”, referiu Luís Montenegro, esta quarta-feira, em entrevista à RTP3.
"A médio prazo, a concertação social vai sair muito valorizada desta posição do PSD", indicou mencionando mesmo que “é um pouco insólito que todo o alvo da explicação esteja do lado do PSD e aqueles que, em primeira mão, devem dar explicações, não o estejam a fazer”, argumentou.
Sobre a governação do atual Executivo, Luís Montenegro alegou que esta solução de governo está esgotada:
“Creio que chegou a altura do país perceber que este Governo está esgotado na medida em que os partidos que o apoiam já não têm margem para se entenderem em questões fundamentais”, sentenciou.
Não há qualquer contradição com a decisão atual do PSD comparativamente à que foi tomada no passado.
Em 2014, o objetivo era que a redução da TSU fosse temporária e que, dali em diante, a evolução do salário mínimo não fosse subsidiada pelo Estado mas através da “produtividade e crescimento da economia”.
“O PSD é contra que o aumento do salário mínimo seja subsidiado pelo Estado”, afirmou acrescentando que “pelo terceiro ano consecutivo estamos a ter uma medida extraordinária, dando um caráter permanente à medida”.
Luís Montenegro também não deixou de mencionar o efeito negativo nas finanças públicas. A sustentabilidade da segurança social poderá estar em causa, uma vez que, metade das receitas que não vão entrar serão compensadas com o orçamento da segurança social.