Serviços Prisionais: PSD exige relatório de auditoria e audição da ministra

6 de agosto de 2017
PSD

O Partido Social Democrata anunciou que vai exigir "com a máxima urgência" a entrega do relatório do Serviço de Auditoria e Inspeção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e a audição da ministra da Justiça no parlamento.

 

"O PSD vai, em primeiro lugar, exigir com a máxima urgência a entrega desse relatório ao grupo parlamentar do PSD", afirmou o vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata, Carlos Abreu Amorim.

 

"Nós sabemos e temos tido conhecimento de falhas muitos graves nas prisões portuguesas, inclusivamente com fotografias e filmes sobre festas feitas com reclusos, discutimos isso no parlamento, tivemos conhecimento das fugas na prisão de Caxias que revelaram também falhas muito graves na segurança", continuou.

 

Carlos Abreu Amorim recordou que o PSD inquiriu na altura a ministra da Justiça que "garantiu que estava "tudo a ser corrigido e que tinham sido apenas falhas pontuais".

 

Além disso, o PSD quis "ouvir o diretor-geral das prisões portuguesas e a maioria impediu Celso Manata de prestar esclarecimentos", salientou.

 

Face a este relatório, o PSD quer  “ouvir a senhora ministra da Justiça para ser inquirida e dar esclarecimentos acerca do conteúdo do relatório e sobre o estado de insegurança geral das prisões".

 

"Ulteriormente à audição da senhora ministra da Justiça não podemos prescindir uma vez mais de ouvir o senhor diretor-geral dos serviços prisionais, Celso Manata, que na notícia que ontem conhecemos através do Expresso se mostra muito espantado por falhas de segurança, dizendo que nunca tinha ouvido falar em tal. Ora, esta versão dos acontecimentos é para nos verdadeiramente inaceitável", disse, apontando que o responsável em causa está na direção dos serviços prisionais há muito tempo.

 

"E há aqui um padrão que, para desgraça dos portugueses, tem acontecido. É um padrão de desacerto em matérias de soberania e de colocar a segurança interna do país num terceiro plano que para nós é inaceitável", afirmou.

 

"Este Governo tem um incómodo evidente a lidar com questões de soberania, este governo trata a segurança interna como filhas de um deus menor de um Governo que tem apenas preocupações de marketing político e comunicacional", concluiu.