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O Presidente do PSD apelou ao voto em 1 de outubro e defendeu que “os resultados se fazem nas eleições”. Em entrevista à TSF, disse “não contar com surpresas” para o Orçamento do Estado de 2018: a realidade prova que há um desfasamento entre o discurso e as ações do governo. Relembrou que em 2015 foi investido mais na Saúde do que nestes dois anos da geringonça. As reivindicações dos enfermeiros resultam das expectativas criadas
"Não sabendo o resultado das eleições convém ir votar”, apelou esta quarta-feira Pedro Passos Coelho em Cascais, salientando que “não podemos ficar apenas a contar com resultados feitos”, pois “os resultados fazem-se nas eleições, só nesse dia”.
Em entrevista à TSF e quando questionado sobre o Orçamento do Estado (OE), o líder dos social-democratas disse não estar “a contar com surpresas, porque o Governo diz uma coisa e faz outra, principalmente em matéria orçamental”. “Seria uma boa notícia ser surpreendido”, considerou, informando que só poderá decidir se votará favoravelmente, ou não, depois de conhecer a proposta do Executivo.
“A nós não nos compete fazer uma espécie de contra-orçamento, porque é ao Governo que cabe a responsabilidade de o apresentar e concertar com os partidos”, acrescentou o líder do social democrata, salientando que as propostas do PSD, depois de conhecer e analisar o OE, “têm de ter um sentido genérico”, a fim de que fique clara a “alternativa” social-democrata.
Portugal “ainda não recuperou a competitividade alcançada em 2014”
O líder do PSD afirmou não excluir que se possa retomar a proposta de reforma do IRC, para que “as pessoas não percam de vista que o PSD não troca as ideias quanto ao que defende para o País”. Reiterou, por isso, que a estratégia social-democrata “não se confunde com a do PS e da extrema-esquerda”, justificando que “não temos apenas de aproveitar a boa maré económica, precisamos de ir preparando futuro, criando condições para que as pessoas possam investir e contratar, as pessoas possam acrescentar valor e não vejam no Estado uma burocracia tão grande”.
Dois anos depois de o atual Executivo ter tomado posse, Portugal “ainda não recuperou a competitividade alcançada em 2014”, referiu o Presidente do PSD. “Ainda não chegámos a repor o nível de 2014”, insistiu, apontando para o facto de o País ter potencialidades para ser “um dos países mais competitivos da Europa”.
Enfermeiros: “Governo inflacionou as expectativas”
“As reivindicações dos enfermeiros têm razão de ser”, já que “o Governo inflacionou as expectativas”, afirmou Pedro Passos Coelho. Resultado, está-se “a gastar mais dinheiro em salários, mas menos nos cuidados prestados”, disse, salientando que “as dívidas estão a aumentar”, assim como as filas de espera. O “Governo faz promessas aos profissionais de Saúde que, depois, não cumpre”, destacou.
Neste sentido, afirmou que quem governa “não pode culpar o passado”, uma vez que o executivo anterior investiu mais em 2015, em Saúde, “do que o Governo nestes dois anos”. “Há uma diferença entre a retórica e os resultados”, criticou, reforçando que as escolhas do Executivo “não têm sido acertadas”.
Segurança Social: “assunto demasiado sério para ficar nas notas de rodapé”
Pedro Passos Coelho alertou que a “Segurança Social continua deficitária”, tratando-se portanto de “um assunto demasiado sério para ficar nas notas de rodapé”. Lembrou que defende, há muito, ser necessário proceder a “uma reforma com sustentabilidade”. “O dinheiro que entra não chega para pagar as responsabilidades de hoje”, reiterou, acrescentando que, “mesmo que os números do emprego evoluam favoravelmente, sabemos pelos dados de envelhecimento e pela dinâmica da economia que a situação se agravará”.
Lei da imigração: “querem uma política de porta aberta que cria insegurança”
Sobre a lei da imigração, o líder social-democrata foi claro: “não tenho dúvida de que existe muita gente que quer pôr o rótulo de xenófobo e racista no PSD, mas a acusação é infundada”. Explicou que a lei que existia “não trazia nenhum problema ao País” e salientou que, “com as alterações introduzidas pelo PS, com a pressão da extrema-esquerda, querem uma política de porta aberta que cria insegurança”.
Por isso, o PSD apresenta uma “iniciativa para repor a lei que existia antes e que, ainda em 2015, foi actualizada, com amplo consenso”, afirmou, recordando que as alterações introduzidas vão “contra um parecer do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)”. Assim, o objetivo dos social-democratas é “evitar que existam problemas no futuro”.