Reforma Florestal: PS pede adiamento da discussão

13 de julho de 2017
PSD

A votação da legislação da Reforma da Floresta foi adiado na comissão parlamentar de Agricultura, a pedido do PS. Os deputados socialistas pediram, de forma potestativa, o adiamento da discussão e votação de oito diplomas relativos à Reforma da Floresta, agendado para esta 5.ª e 6.ª feira. Em causa, estão cinco diplomas do Governo, dois do BE que deram entrada na Assembleia da República entre março e abril de 2017, e um do PSD que foi apresentado e discutido entre setembro e dezembro de 2016.

O calendário para a especialidade dos diplomas do governo e os alternativos do BE foi apresentado conjuntamente pelos grupos parlamentares do PS e BE a 21 de junho, o que motivou reservas por parte dos restantes grupos parlamentares, quanto aos prazos propostos. O PSD disponibilizou-se para viabilizar a discussão dos diplomas e apresentou um conjunto de propostas de alteração, com vista a contribuir para a discussão de forma construtiva e indo ao encontro das pretensões do setor florestal.

As propostas de alteração que o PSD apresenta são uma manifestação clara do contributo para o consenso solicitado, no sentido de minimizar os impactos negativos que algumas propostas acarretam para o setor.

Durante a comissão de Agricultura e Mar, o PSD acusou o PS e a maioria de esquerda de falta de sentido de Estado, por não se entenderem quanto ao calendário que eles próprios impuseram para a aprovação da reforma florestal, e empurrarem, agora, as votações e a discussão politica para a véspera da votação final global.

A pressa do BE e do PS em aprovar as leis até 19 de julho "não passou de acordo político” em que "os interesses políticos estão à frente dos interesses do setor", acusa Nuno Serra, vice-presidente do PSD, sublinhando que “o PSD esteve, está e estará  disponível para debater as propostas relativas à floresta” contudo, “lamenta profundamente a leviandade com que todo o processo tem sido tratado por parte do PS e do BE”.