“Quando olhamos para o Governo, não há um fio condutor para um futuro melhor”

25 de agosto de 2017
PSD

O presidente do PSD acusou o Governo de ter vindo a falhar nas funções nucleares do Estado

 

O líder da oposição afirmou ainda que é necessária uma estratégia reformista para futuro

 

O Presidente do PSD acusou hoje o Governo de não apresentar um projeto que traga um futuro melhor para os portugueses. Pelo contrário, quando “olhamos para áreas como a Saúde, a Educação e a Segurança Social, não há um fio condutor que permita às pessoas saber o que se está a fazer para um futuro melhor. Como se quem nos governa se esgotasse no dia a dia, na normalização após a crise. Parece que não têm mais nada a oferecer ao País”, afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Afinal, em vésperas de discussão do Orçamento do Estado para 2018, “vemos que as preocupações dos partidos que sustentam o Governo são as mesmas. Não há nenhuma ideia que transcenda o dia a dia. Quando pensamos no futuro, temos de ter uma linha de estratégia reformista para pensar em como podemos viver melhor do que hoje”.

 

Mas o Estado tem falhado também nas áreas de soberania, como a Defesa, a Segurança e a Proteção Civil, onde já deu provas de grande vulnerabilidade e fragilidade.

 

O que se tem vindo a passar em Portugal na Proteção Civil não tem paralelo na história democrática. Não tenho memória de ver tanta descoordenação. O Estado tem falhado e sempre que vemos o Estado falhar ficamos preocupados”, afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Estas são áreas em que o PSD não procura “qualquer dividendo partidário. Mas talvez não seja um acaso aquilo que tem acontecido. Temos de olhar para o que não correu bem ao nível da Proteção Civil para tirar lições para futuro, para evitar que as situações se possam repetir”.

 

O Partido Social Democrata trouxe propostas e contributos, ao sugerir, no Parlamento, a criação de uma comissão independente e especializada que relate o que aconteceu em Pedrógão Grande, tendo proposto ainda a criação de um mecanismo para indemnizar rapidamente as famílias das vítimas, “coisa que o Governo podia ter feito até hoje e não o fez. É necessário dar essa resposta rapidamente.”

 

Na verdade, tal como o líder da oposição afirma, “o Estado tem falhado clamorosamente, assim como a responsabilidade política”. “Quem quer servir tem de se perguntar o que é importante para os próximos anos, essa é a responsabilidade de quem governa, e isso tem falhado ultimamente, e falhou nos últimos dois anos”, disse.

 

“O Governo e a maioria estão mais preocupados com o dia a dia do que com o futuro do País”

 

Em Arronches, na apresentação de candidatura de Fermelinda Carvalho, o líder do PSD relevou que o PSD se apresenta às próximas autárquicas com “bons candidatos, alguns que já têm mostrado bons resultados, e outros que estão a desafiar o poder instalado com boas equipas e bons projetos”.

 

Dando como exemplo o trabalho que se tem levado a cabo em Arronches, o presidente social-democrata enalteceu que este é um bom exemplo do que é uma câmara PSD, uma câmara que “devolveu a confiança dos eleitores com um bom trabalho, mostrando que é possível gerir com contas em ordem, e ao mesmo tempo ir investindo no futuro, apostando em setores relevantes, sobretudo para os mais jovens, o que é decisivo em muitos concelhos onde a demografia é recessiva”.

 

O que motiva o PSD é a possibilidade de as pessoas ambicionarem um futuro melhor. “Quando nos candidatamos é para prestar um bom serviço aos outros. E quando fazemos isso, quando procuramos servir, quando nos preocupamos com o futuro, em vez de nos preocuparmos com o sucesso eleitoral imediato, isso é recompensado”, disse Pedro Passos Coelho.

 

Precisaríamos que essa fosse hoje a atitude prevalecente na política nacional. Mas isso não se pode constatar. Vemos que quer o Governo quer a maioria estão mais preocupados com o dia a dia, com a gestão quotidiana, e menos com o futuro do País”, concluiu.