Portugal precisa de uma agenda reformista, não de um futuro adiado

24 de abril de 2017
PSD

 

O Presidente do PSD recordou a situação vivida na Venezuela, em que o Governo promove um modelo de nivelar “por baixo” e onde as pessoas estão numa sociedade “sem escolha”. Salientou, assim, ser necessário dizer “não” a “modelos estatizantes, socializantes, comunistas em Portugal”.

Pedro Passos Coelho alertou, na sexta-feira em Vagos, para a situação vivida “em muitos países que tem uma visão socializante e até de raiz comunista”. O presidente do PSD lembrou que, nesses países, “combater as desigualdades é tornar tudo igual”. Recordou o ambiente que se vive, atualmente, na Venezuela, em que predomina um modelo de imposição e cujo Governo, de “ forma populista, quer oferecer a receita de nivelar por baixo. O resultado são farmácias sem medicamentos, serviços sem qualidade e uma sociedade sem escolha”.

O líder dos social-democratas perguntou se “é isso que queremos? Não queremos combater a pobreza? Não queremos combater os efeitos das desigualdades? Ter melhor acesso à cultura, educação, saúde e ao emprego?”. Interpelou ainda o País a pensar se, após todos os sacrifícios feitos nos últimos anos, “é esta orientação para o futuro? É esta visão estatizante que queremos ver defendida em Portugal? Queremos ser como a Grécia?”. Foi peremptório na resposta, dizendo que “não” e justificando que “não queremos estes modelos estatizantes, socializantes, comunistas em Portugal”.

Em “muitos países que tem uma visão socializante e até de raiz comunista, combater as desigualdades é tornar tudo igual. Não queremos um modelo em que toda a gente ganhe o salário mínimo nacional”. O Presidente do PSD recordou que o número de trabalhadores a auferir o salário mínimo nacional passou de perto de 400 mil no primeiro trimestre de 2014, para quase um milhão no final de 2016.

É cada vez mais necessária uma estratégia para o futuro, o qual não será possível se, apenas, se “gerir a herança que recebemos do passado”. Pedro Passos Coelho defendeu que “Portugal está adiado porque só se pensa no curto prazo. Temos de ter uma agenda reformista e esta maioria não está a fazer nada disso”.

 

Serviços públicos não tem de ser obrigatoriamente prestados pelo Estado

O líder do PSD lembrou que o Estado deve garantir a igualdade de oportunidades no acesso aos serviços públicos que podem não ser, necessariamente, prestados pelo Estado, o qual pode “recorrer a instituições privadas para garantir políticas públicas”. “Não é por estarmos numa escola que não é do Estado que não temos serviço público de educação”, disse, acrescentando que não é também por isso que o serviço “tem um custo maior do que o que seria se fosse fornecido pelo Estado”.

Se pudermos ter educação ou saúde que não sejam mais caras, porque não há-de o Estado garanti-las? Porque é que tem de obrigar toda a gente a ir estritamente a instituições cuja propriedade é do Estado?”, questionou. “Há muitos anos que vínhamos garantindo a qualidade independentemente de quem presta o serviço. Assim, as pessoas podem escolher o que é melhor. Porque é que resolveram passar a mensagem de que estes serviços devem ser evitados?”, acusou o líder da oposição.  

As decisões da maioria têm levado a que entidades que prestam bom serviço público despeçam professores e funcionários. O que acontece depois? “O Estado vai contratá-los. É isto um progresso? Não. É uma visão estatizante. Não é a nossa visão. Não queremos que os nossos cidadãos tenham de recorrer necessariamente a tudo o que é do Estado”, afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Autárquicas: PSD está em bom ritmo para ganhar as eleições

Pedro Passos Coelho falava na sexta-feira em Vagos, na apresentação de recandidatura de Silvério Regalado às próximas autárquicas. Tal como afirmou “enquanto estive no Governo testemunhei o trabalho por ele feito. A capacidade de criar emprego em áreas industriais, atraindo um reforço de investimento, em domínios tão importantes como as exportações e a geração de rendimento nacional”. Um bom exemplo para o que Portugal poderia e deveria estar a fazer.

O que se devia estar a fazer no País é o que se fez em Vagos. “Tivemos presidentes de câmara e equipas do PSD a lutar sem se conformarem para fazer as reformas necessárias. Não é, infelizmente, isso que estamos a observar em Portugal”, revelou Pedro Passos Coelho.

Quando temos presidentes de câmara que podem acrescentar horizontes de investimento, que podem tornar os territórios mais competitivos e reduzir níveis de desemprego, temos a certeza de ter uma nova geração de autarcas que está ao melhor nível para acrescentar valor para Portugal e que, por isso, dão muito orgulho ao PSD”, disse.

O Presidente do PSD afirmou, ainda, estar confiante “quanto aos resultados que vamos obter. Temos bons candidatos, estamos bem preparados e o que for o julgamento dos eleitores é onde nos iremos rever”. Tal como o próprio reitera, estamos “em bom ritmo para ir ao encontro dos nossos desejos: ganhar as eleições”.