Portugal deve manter “ótimas relações” com o Brasil

29 de outubro de 2018
PSD

Tiago Moreira de Sá sustenta que a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil em nada altera o relacionamento bilateral, pelo que Portugal deve manter “ótimas relações” com o Estado brasileiro. “Ganhasse quem ganhasse, Haddad ou Bolsonaro, Portugal deve manter ótimas relações com o Estado brasileiro, independentemente de quem é o seu Presidente”, expressou.

Para o responsável pela Comissão de Relações Internacionais do PSD e coordenador das Relações Externas do CEN, “as relações entre os países são relações Estado a Estado, não são relações entre a pessoa A e a pessoa B e essas relações permanecem, com base nos interesses e nos valores comuns, mas sobretudo nos interesses comuns, independentemente dos candidatos que ganham eleições”.

“Neste caso, o Bolsonaro é o Presidente eleito democraticamente do Brasil. As relações entre Portugal e o Brasil mantêm-se inalteradas e Portugal tem de ter uma boa relação com a atual presidência do Brasil”, sublinhou o professor universitário, doutorado em História das Relações Internacionais.

Tiago Moreira de Sá argumenta que o Brasil é “um país muito importante para Portugal, porque é um país lusófono, porque é um país que tem uma grande comunidade portuguesa e lusodescendente”. “Em relação à vida política interna dos outros Estados, nunca nos pronunciámos e não faz sentido os países estarem a pronunciar-se sobre a política interna dos outros países. É um princípio de respeito pela soberania dos Estados, que se traduz na não intromissão na vida política de outros Estados”, frisou, acrescentando que “isto é válido para o Brasil, como é válido para qualquer outro país”.

Portugal mantém com o Brasil "uma longa relação, bilateral e multilateral, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)", bem como "importantes relações económicas".

No domingo, no dia da votação, o Presidente do PSD manifestou desejo de que o Brasil encontre um “novo rumo”. Rui Rio define como “gravíssima” a situação no “país-irmão” de Portugal, dizendo que os problemas resultaram “acima de tudo de erros cometidos” no passado.