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Presidente do PSD denunciou que Portugal e Lisboa têm sido governados “com o mesmo calculismo e taticismo”
“É sempre hoje que nós tratamos do futuro como deve de ser”, afirmou Pedro Passos Coelho esta quinta-feira, em Lisboa, ao destacar que o PSD se apresentou às eleições autárquicas “com o propósito de fornecer a todos os portugueses verdadeiras escolhas para que os municípios possam ser governados e para que o futuro possa ser acautelado”.
O líder social-democrata denunciou que Portugal tem sido governado “com o mesmo calculismo e taticismo” que caracteriza o anterior e atual executivo da Câmara Municipal de Lisboa e é próprio “de quem procura viver cada dia, não investindo no futuro” a que os portugueses têm direito.
O “bom poder de observação” do PSD tem permitido perceber que se vive, no País, o dia-a-dia, “procurando criar a ilusão de que tudo o que possa ocorrer não tem ao lado uma dissimulada fatura que, a cada dia que passa, vai aumentando”. O Presidente do PSD tem feitos várias alertas neste sentido. “Diziam que eu estava céptico, ressabiado, que o PSD tinha perdido o sentido de futuro”, ironizou, referindo que se vê agora um governo revelar-se “mais acossado do que antes” e cujos governantes “volta e meia vêm falar de dificuldades”.
Tal como o líder social-democrata denunciou, bastaram dois anos para, “de repente, ouvirmos falar de uma conjuntura que não permite resolver imensos problemas que o Governo quer resolver”. Referindo-se às recentes declarações do secretário de Estado da Saúde, criticou um Executivo que “andou a dizer que o céu era o limite”, que “a austeridade estava fechada, que havia finalmente um governo com sensibilidade para resolver os problemas”. Contudo, e tal como assinalou, “as tormentas começam a chegar”.
Portugal, “mais do que simpatia, precisa de coragem e reformismo”
Pedro Passos Coelho salientou que o PSD sempre alertou “para o quão mal se estava a preparar o futuro”. A governação atual tem resultando num “desperdício de oportunidades” e no “adiar dos problemas só com vontade de parecer bom e simpático”. Mas, tal como o líder social-democrata defende, Portugal, “mais do que simpatia, precisa de coragem e reformismo”. “Não desistimos no PSD de poder preparar um caminho de recuperação sustentada da economia”, informou depois de ter sublinhado que, nestes dois anos, se perdeu “terreno na competitividade económica”.
O líder social-democrata referiu-se a todos aqueles que se mostram incomodados por “o PSD não desistir das suas visões, dos seus projetos, de fazer o oposto de tanta gente que é bajular o Governo, não vá quem está no Governo perder a paciência e a compostura”, disse numa clara crítica a acontecimentos recentes que envolveram o primeiro-ministro. “Como isso tem acontecido tantas vezes, se fosse connosco não havia paciência”, apontou.
Salientando que as eleições em Lisboa “são importantes para o PSD” e prestando a sua “homenagem a todos os que se envolveram com brio e convicção”, Pedro Passos Coelho criticou claramente António Costa, dizendo: “não precisamos de dar sentido nacional às eleições autárquicas, como o primeiro-ministro procurou fazer para o seu governo. Parece que agora, uma vez que não foi eleito, precisa de apoio das câmaras para poder negociar melhor com o BE e o PCP nos anos que faltam”. Esclareceu que quem escolheu os parceiros para formar Governo foi António Costa, pelo que “quem tem agora de descalçar a bota é ele”.
Teresa Leal Coelho: “sabemos como é genuíno o seu interesse por Lisboa”
O presidente do PSD deixou bem claro que “as eleições são dia 1 de outubro”. Dirigindo-se a Teresa Leal Coelho, e a toda a equipa que a acompanha, partilhou a sua admiração “pela maneira como, em nome do PSD, se apresentou nesta campanha em Lisboa”. “Todos sabem que era uma campanha que muitos queriam que tivesse ficado decidida antes mesmo de ter começado”, afirmou criticando todos aqueles que “quiseram vaticinar que o resultado estava feito”.
“A Teresa (e a equipa que a seguiu) conseguiu reunir mais pessoas, estar mais próxima dos lisboetas e dizer como o futuro pode ser diferente”, salientou Pedro Passos Coelho. “Estamos todos aqui porque sabemos como é genuíno o seu interesse por Lisboa, como não traz calculismo o convite que aceitou, como colocou ao serviço o seu conhecimento, o sentido de justiça social, de modernidade e de abertura como Lisboa precisa nos tempos em que vivemos”, disse.
Para o Presidente do PSD, a candidatura “Por uma Senhora Lisboa” assume-se “como uma lufada de ar fresco que contrasta com o calculismo político que tem predominado na velha política que, há anos, tomou conta” do concelho, resultando na “maneira enviesada de descontar o futuro para viver no curto prazo”. Tal como destacou, quem tem governado Lisboa “embelezou uma parte e deixou toda a outra esquecida a viver com pobreza”.