Pedro Passos Coelho destaca importância das eleições presidenciais

16 de janeiro de 2016
PSD

O presidente do PSD afirmou hoje que das eleições presidenciais deve sair alguém que se afirme com “independência e autonomia” e que possa colaborar com o governo, sendo “esse alguém” Marcelo Rebelo de Sousa.
“Queremos que destas eleições [presidenciais] possa sair alguém que se afirme com independência e autonomia, que possa colaborar com o governo que está em funções ou com outro que os portugueses venham a escolher quando acharem que é tempo de mudar de governo e esse alguém é, do nosso ponto de vista, Marcelo Rebelo de Sousa”, disse durante o jantar comício de apoio a Ricardo Figueiredo, candidato às eleições intercalares de São João da Madeira, no distrito de Aveiro.
Pedro Passos Coelho vincou que Marcelo Rebelo de Sousa não será eleito para defender nem o PSD, nem o CDS-PP, mas “fazer magistratura” acima dos partidos políticos e, se as pessoas forem votar, ele será eleito “logo à primeira volta”.
“Não é demais nesta ocasião dirigir uma palavra a todo o país dizendo que a escolhe do Presidente da República não é uma decisão secundária, não é uma questão irrelevante, não é uma questão que se deixe para segunda volta ou para outras voltas, é uma questão que nos deve mobilizar civicamente e politicamente”, frisou.
Segundo Pedro Passos Coelho, muitos gostariam que esta campanha eleitoral para a Presidência da República fosse uma “espécie de segunda volta ou de desforra partidária”.
“Eu diria até que, muitos dos candidatos à Presidência da República, parecem fazer gala em assumir-se como uma parte do país contra a outra e, vejam bem, eu que fui escolhido nas eleições para chefiar o governo e que hoje lidero o maior partido da oposição que é também o maior partido português com assento parlamentar, sou o primeiro a dizer que o que espero do próximo Presidente da República é que não faça oposição ao governo, seja ele qual for, mas que respeite sempre os órgãos de soberania e o interesse nacional. É isso que Marcelo Rebelo de Sousa fará”, considerou. Por isso, sustentou, “estas eleições presidenciais são muito importantes”.
O líder social-democrata referiu que não são os partidos políticos que vão a votos nas eleições presidenciais porque a função de chefe de Estado pressupõe uma “independência” relativamente aos outros órgãos de soberania.
Pedro Passos Coelho aproveitou ainda o discurso para cumprimentar o atual Presidente da República, Cavaco Silva, que está em final de mandato, considerando que “sempre soube” colocar o interesse do país “acima de tudo” e colaborar que os governos em funções. “Mas, tivemos no passado presidentes que fizeram da presidência um mandato de afirmação contra governos e contra os partidos políticos e não é isso que nós queremos hoje”, sustentou.
Sobre a actualidade política nacional, o Presidente do PSD acusou o Governo de António Costa de estar a tomar medidas que têm em conta os votos e as eleições e não o bem-estar dos portugueses. O líder social-democrata afirmou que as reversões que estão a ser levadas a cabo podem por em causa os bons resultados alcançados na anterior legislatura, dizendo que “se hoje é possível abandonar a austeridade é graças ao esforço” do trabalho levado a cabo nos últimos quatro anos.
O líder social-democrata referiu que “tirar medidas de austeridade não é uma questão de direita ou de esquerda. É de ser possível ou não ser possível. Retirar essas medidas depende das condições que temos no país.”. Para Pedro Passos Coelho, o país só pode avançar e ter uma visão de futuro se governo atuar com ética e princípios .
O Presidente do PSD concluiu, dizendo que o que move o PSD “na oposição é a mesma coisa que nos movia no Governo: é Portugal. É o progresso dos portugueses”.