Pedro Passos Coelho defende o que Portugal deveria (e merecia) estar a fazer

7 de outubro de 2016
PSD

Foi em Felgueiras, perante centenas de pessoas que assistiam à tomada de posse da distrital do PSD Porto, que o Presidente do PSD defendeu o que “gostaria que existisse em Portugal e não existe.”

De acordo com Pedro Passos Coelho, é necessário fazer reformas importantes, coisa que o atual governo não faz, porque é preciso ter coragem para querer mudar alguma coisa. “O PSD é o partido que tem, desde Sá Carneiro na sua alma, inscrita essa regra na sua génese: nós somos um partido de mudança, não nos conformamos com o que existe, não nos limitamos a gerir o que existe. Queremos realmente que as coisas andem para a frente e melhorem. E isso exige esforço, coragem e determinação.”

Pedro Passos Coelho falava depois de uma visita a empresas de excelência na região de Felgueiras: a Carité e a Adega Cooperativa, ambas exemplos a seguir no dinamismo que têm vindo a alcançar e nos resultados que obtiveram nos últimos anos. Eram precisamente estes resultados que precisavam de ser seguidos no país. “O que precisávamos de fazer hoje era recuperar as nossas forças e conseguir dinamizar o emprego e a economia. Porque é isso que nos vai trazer uma perspectiva de futuro melhor. Precisávamos de captar ainda mais confiança dos investidores. De dinamizar as exportações. Por isso fiz questão de visitar unidades que estão voltadas para a criação de valor e emprego. É importante que haja uma fatia cada vez maior de empresas que produzam a pensar no mercado global e não apenas em Portugal.  Por isso é tão importante estar no mercado da União Europeia, que é um mercado muito maior. No meu governo, as exportações já eram em quantidade muito superior para um mercado alargado. Quanto mais conseguirmos produzir e exportar para outros mercados, mais conseguimos crescer”, afirmou o Presidente do PSD.

Sobre o investimento, o líder social-democrata salientou a necessidade de atrair outros investidores, porque o capital disponível em Portugal não é suficiente. Pedro Passos Coelho afirmou que é necessário atrair outros investidores e empreendedores. “Assim, conseguiremos crescer e desenvolver mais. O programa de governo devia estar centrado nestas duas condições: exportar mais e conseguir mais investimento”, disse. O Presidente do PSD afirmou que o caminho escolhido pelo atual governo é outro e afirmou que os partidos que formam a maioria afirmavam que “bastava que o PSD e o CDS não estivessem a governar para que o Pais crescesse.”

“O governo socialista centrou a sua estratégia na recuperação do consumo. Todos sabem que no ano passado o governo prometia um crescimento muito maior para 2016, porque tinham um segredo e sabiam por a economia a crescer mais”. Quando se olha para a realidade, os números são outros, e demonstram que as promessas não estão a ser cumpridas. É importante que o Governo tenha em conta que não se governa a pensar no imediato e nos próprios partidos. Quem governa, deve governar a pensar no futuro e em Portugal. A realidade é clara: “este Governo falhou as metas com que se comprometeu com os portugueses.” O Presidente do PSD salientou ainda que mais grave é que “não reconheçam os erros e insistam num modelo que falhou.”

O problema agora prende-se com destruição de confiança. Tal como Pedro Passos Coelho afirmou, “quando esta se destrói, é muito difícil sustentar o crescimento da economia. O governo geriu mal as coisas. Pensou que se soubesse esperar, o crescimento da economia resolveria tudo. Mas como falhou, agora anda aflito e aumenta impostos para cumprir as metas a que se propôs. Para um país que não está em emergência, porque não há dinheiro nos hospitais e nas escolas? Porque andamos todas as semanas a ouvir falar de um novo imposto? Se já passámos a austeridade, porque é que o governo continua a insistir?

Referindo-se ao perdão fiscal anunciado pelo Governo, o Presidente do PSD destacou que “em 2013, fizemos um processo de perdão fiscal, mas não como este, que pode durar 12 anos. Em 2013, quando tomámos essa decisão tomamo-la porque esse ainda era um ano com dificuldades e o último processo extraordinário tinha sido há uma década. Se este governo falhar outra vez e para o ano fizer o mesmo, passa a permanente, e as pessoas deixam de acreditar. Não vou criticar mas como esquecer o que vários ministros deste Governo, o PCP e o BE disseram quando tomamos esta medida? Estas pessoas quando estão no governo dizem uma coisa e na oposição outra. Nós mantemos o que dizemos, não por teimosia, mas porque somos sérios e sabemos o que está correto. O que dizer da seriedade de alguém que diz muito bem de uma medida quando tomada por sujeito A e muito mal da mesma medida quando tomada por sujeito B? Não há seriedade nisto.” E faz falta a este Governo humildade para reconhecer os erros.

O PSD quer o oposto do que este Governo quer: quer estar na Europa, pagar as dívidas e quer investimento em Portugal. “O país só ficará mais justo quando combatermos a pobreza. Todos queremos que o país possa ser mais próspero. Ninguém discute que as sociedades mais desenvolvidas são as que propiciam melhores resultados. Gostava de me sentir mais feliz num país mais próspero, não num país que ande para trás.” E o PSD cá está para acrescentar valor ao futuro do país.