Pedro Passos Coelho alerta para irrealismo do OE

29 de janeiro de 2016
PSD

Durante o debate quinzenal de hoje na Assembleia da República, Pedro Passos Coelho defendeu que é preciso que “as contas do Governo batam certo”, sendo que até ao momento “não batem”, acusando o Ministro das Finanças de falta de credibilidade.

O Líder Social-Democrata referiu que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que funciona junto do Parlamento "chamou mesmo à atenção para a violação que só pode ser considerada grave de manipulação de classificação de dados orçamentais", rematando ainda que "Felizmente nunca passei pelo embaraço de ter um ministro das Finanças que tivesse de ser corrigido dessa maneira pela UTAO".

Sobre a modernização administrativa, o tema proposto pelo Executivo, o Líder Social-Democrata considerou que António Costa "falhou o tema que preocupava os portugueses", confrontando-o com as críticas de entidades nacionais e internacionais ao esboço de Orçamento do Estado para 2016. Pedro Passos Coelho afirmou que era necessário que o Governo tranquilizasse os portugueses quanto às intenções que tem quanto à política orçamental, ao mesmo tempo que o confrontou com os “problemas de irrealismo” do esboço do OE.

O Presidente do PSD afirmou que "Vai uma diferença muito grande entre o que se diz e o que se faz. E o que o Senhor Primeiro-Ministro veio aqui dizer é que não vai responder a Bruxelas hoje com a resposta que a UTAO lhe deu",  acrescentando que "o Governo apresenta como medidas estruturais medidas que o não são", agravando com isso o défice estrutural. O Líder Social-Democrata não está por isso se "nada tranquilo" com a aparente despreocupação de António Costa com as críticas ao esboço orçamental para 2016, e questionou quais são as medidas que suportam o objetivo de redução do défice para 2,6% e advogou que "as contas não batem certo".