“O PSD deseja que Portugal saia do Procedimento por Défice Excessivo”

11 de maio de 2017
PSD

“Seria uma injustiça penalizar Portugal depois de todo o trabalho que foi realizado pelos portugueses ao longo destes anos”

 

“Mas há um sinal que deve preocupar o PS e o Governo, em particular, sobre a preparação do País para o futuro”

 

 

Sobre as revisões da Comissão Europeia desta quinta-feira em relação ao crescimento da economia portuguesa, Marco António Costa referiu que o PSD deseja “realmente” que Portugal possa sair do Procedimento por Défice Excessivo, até porque o esforço “notável” do povo português, ao longo destes anos, não pode ser colocado em causa.

 

Todos nós trabalhámos muito, e os portugueses na primeira linha, para conseguirmos numa primeira fase sairmos do Programa de Apoio Económico-Financeiro em 2014, sem necessidade de nenhum Programa Cautelar. E, nessa altura, existiram muitas vozes na política portuguesa a começar no Partido Socialista que duvidavam e até reclamavam mais tempo e mais dinheiro”, relembrou o Vice-presidente do PSD, esta quinta-feira à noite, no Programa “Esquerda-Direita” da SIC Notícias.

 

Seria uma injustiça penalizar Portugal e os portugueses”, vincou. “Nós partimos de um défice real de cerca de 11%, em 2010, para chegarmos a 2017 com um défice que fique em 1,8%, o que é um progresso muito significativo. Mas há que recordar que, em 2015, chegámos a um défice de 3%. Atingimos aquilo que era o objetivo que o país também desejava alcançar”, disse.

 

O Vice-presidente do PSD não deixou, porém, de alertar para os “sinais de risco” que o próprio relatório da Comissão Europeia revela.

 

“A degradação do saldo estrutural e o não cumprimento do objetivo da sua redução poderá vir a ser um factor negativo”, salientou.

 

Para Marco António Costa “há um sinal que deve preocupar o Partido Socialista e o Governo em particular sobre a preparação do país para o futuro”.

 

Portugal poderá não estar preparado para enfrentar possíveis ciclos mais difíceis, sob o ponto de vista económico, como aumentos de petróleo e taxas de juro muito mais elevadas. E isso sim é uma alerta que fica aos olhos de todos.

 

 

Autárquicas 2017: Rui Moreira dispensou o apoio do PS

 

Em relação aos últimos acontecimentos autárquicos na cidade do Porto, Marco António Costa relembrou que Júlio Magalhães é uma pessoa “séria e íntegra”.

 

O Júlio Magalhães é uma pessoa séria e, ao longo destes anos, dirigi-lhe várias vezes convites, quando era Presidente da Comissão Política Distrital do PSD do Porto, para encabeçar listas do PSD e ele nunca veio a público divulgar. E, por sua vez, se ele sentiu necessidade de o fazer agora, é porque é efetivamente verdade aquilo que ele disse e disso, eu não tenho a mínima dúvida”, realçou.

 

Sobre o “divórcio” recente entre Rui Moreira e o Partido Socialista, o Vice-presidente do PSD referiu que, infelizmente, quem sofre são “as pessoas do Porto”.

 

É triste para as pessoas do Porto, estarem envolvidas e verem a sua cidade envolvida numa polémica pelos mais altos signatários desta Administração Local. E isso não é correto para as pessoas do Porto e é um factor que vai ter consequências”, alertou vincando que, contrariamente a estes desentendimentos que não levam a cidade a lado nenhum, o PSD tem um candidato sério e credível.

 

O PSD tem um candidato de altíssimo nível. O Professor Álvaro Almeida é Professor da Faculdade de Economia do Porto, é um experiente gestor público e é alguém com uma capacidade política a toda a prova”, destacou.