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O presidente do PSD fez um balanço positivo da evolução económica e financeira do país, reiterando que o défice deste ano ficará abaixo de 3% do PIB.
"Tudo isto permite-nos voltar a dar à política a sua grande dignidade. Libertarmo-nos, portanto, da ditadura financeira e dos números, libertarmo-nos das restrições excecionais da nossa economia. Andamos todos há quatro anos a falar de finanças e de economia", afirmou. "E é agora que a economia e as finanças estão em ordem que podemos voltar a dar a plena dignidade à política".
Passos Coelho elegeu como três objetivos políticos para os próximos anos o combate às desigualdades em parceria com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), o rejuvenescimento da sociedade portuguesa e a diminuição da burocracia através de uma reforma do Estado.
"De que é que precisamos para atingir todos estes objetivos? Manter o nosso rumo. A pior coisa que pode haver num político, numa empresa, num Governo, num país é não sabermos o que é queremos".
A campanha para as legislativas de domingo tem sido "muito útil" para se perceber o rumo e a determinação de cada um.
"Nós sabemos para onde queremos ir e já mostrámos que o caminho que traçámos está certo. No essencial, está certo".
"Os portugueses também querem seguir esse caminho" e que "a última coisa que quererão é fazer aventuras ou experiências que de resto já viram testadas noutros países".
Antes, apontou o caso grego como exemplo do que teria acontecido em Portugal se o Governo PSD/CDS-PP não tivesse tido "a coragem e determinação para fazer o que é preciso" para cumprir o programa de resgate.
O presidente do PSD descreveu da seguinte forma o que foi a situação na Grécia: "Faziam filas longas e desesperadas sem terem a certeza de poderem levantar nas caixas multibanco o dinheiro de que precisavam para viver naquele mês. Isto passou-se num país europeu, e que usa a mesma moeda que nós".
"Na sua imensa sabedoria, o povo português e cada um dos portugueses percebeu que, quando olhou para a Grécia, quando olhou para outros países europeus, que quando se fica sem dinheiro, quando nos pomos a jeito, só há uma maneira: é não ignorar a realidade, enfrentá-la".