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O Parlamento chumbou a maioria das propostas do PSD cujo objectivo era reforçar a supervisão financeira e bancária. Tal atitude demonstra que “o Governo quer mandar na supervisão financeira e armar-se em supervisor”, afirmou Pedro Passos Coelho, hoje. Uma clara contradição, depois de o governo declarar que pretendia aumentar a independência dos supervisores e reguladores.
“O PS está no Governo mas não é dono do país”, referiu o líder do PSD. “Se o Governo quer mexer na supervisão financeira, é muito importante saber se o quer fazer em consenso com os outros partidos”, adiantando que “não pode estar a alterar as traves mestras das políticas de Estado de uma forma que é totalmente condicionada ou pelas suas experiências pessoais, com o relacionamento com o Governador do Banco de Portugal, ou pelo condicionamento provocado pelos parceiros”, acusa o líder do PSD.
O PSD assumiu a iniciativa política nesta matéria, fundamental para o País, mas o Parlamento, apesar de acusar a bancada social-democrata de não apresentar propostas para futuro, chumbou-as, “aprovando apenas as que têm menos relevância. Já aconteceu o mesmo na discussão do Programa Nacional de Reformas”, referiu o líder do PSD.
Na Assembleia da República, o PSD esperava que o Governo “quisesse discutir connosco, mas ao ter chumbado a proposta, mostra que não quer uma discussão mas uma simulação” e, posteriormente “dizer que o PSD não contribui”. No entanto, tal como o líder da oposição afirma, “serão sempre eles a quebrar o consenso do qual o PS fez parte no passado”.