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“Uma primeira volta disputadíssima e o que há a salientar é a expetativa de que o candidato que favorece o processo de integração europeia, a sociedade aberta, o elogio de liberdades, venha a triunfar”, destacou Miguel Morgado, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, referindo-se a Emmanuel Macron, vencedor na primeira volta das eleições presidenciais francesas.
“É inegável que os interesses de Portugal estão muito mais ligados ao candidato que seja amigo da União Europeia, da sociedade aberta e das liberdades”, diz Miguel Morgado, considerando “sempre preocupante, nas democracias europeias, quando as forças extremistas adquirem ascendente na opinião pública, sejam de esquerda ou de direita, seja em França ou noutros países”, diz o deputado, sobre a passagem à segunda volta de Marine Le Pen, candidata de extrema-direita. Deixou, por isso, um alerta: “nunca devemos ser cegos, nem surdos para a evolução das sociedades e para a maneira como as pessoas no dia-a-dia vão expressando as suas frustrações e os seus anseios”. Miguel Morgado entende que “nenhum partido mais tradicional pode estar alheio a essa evolução”.
Para o deputado, são “francamente decepcionantes” os resultados dos partidos que se têm destacado no sistema político francês, particularmente “o centro esquerda francês”. Estão a ser colocados novos desafios aos partidos tradicionais pela Europa. Por isso, Miguel Morgado defende que “partidos políticos e sociedade civil têm de estar muito atentos a esta evolução e responder”.
