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A prioridade do Conselho Estratégico Nacional é produzir um programa eleitoral de governo, com soluções pensadas para um conjunto de áreas críticas e exigidas pela população portuguesa. Na justiça, Portugal carece de uma “reforma profunda e global”; na saúde, o sistema público atravessa uma “situação dificílima”.
Na reunião do CEN, sábado, 21 de abril, em Coimbra, Rui Rio elogiou a vantagem deste espaço de militância inédito e descentralizado em Portugal, que conta com 32 personalidades, de diferentes gerações – 16 coordenadores e 16 porta-vozes – e que irão congregar o trabalho de “centenas de pessoas” que querem dar um contributo construtivo à atividade política. O Conselho Estratégico, assegura o Presidente do PSD, visa permitir aos portugueses que “possam militar em razão dos temas de que mais gostam e não exclusivamente naquelas coisas muito partidárias que pouca gente gosta”. Daí este modelo privilegiar o equilíbrio “de pessoas mais experientes, com mais ponderação, e, por outro lado, pessoas mais jovens, com mais ambição, mais vontade”. Rui Rio lembra que a “sociedade evolui, na conjugação das gerações, em harmonia com o passado, presente e futuro, não é com ruturas geracionais”.
De acordo com Rui Rio, a justiça e a saúde constituem duas áreas em que o PSD pretende fazer reformas estruturais, pois são “extremamente necessárias” para o País. A “justiça carece de reforma profunda e global, e não de uma coisa pontual”. Por seu turno, a saúde – e Rui Rio constatou durante a semana passada a deterioração preocupante dos serviços – encontra-se numa “situação dificilíssima”. Um estado moderno e de boas práticas, alerta Rui Rio, não pode deixar os utentes do SNS à espera durante “dois, três, quatro, cinco, seis meses para fazer uma intervenção cirúrgica, ou obter uma simples consulta”.
Rui Rio estabelece ainda como prioritário o sistema político, as políticas para a natalidade, a desertificação do interior e a Segurança Social, e, nesse quadro, irá “contribuir com propostas sérias, pensadas, estudadas e participadas para ajudar Portugal a resolver essas questões”.
“Sendo oposição, ajudamos, ganhando as eleições, lideramos, mas queremos acima de tudo o bem de Portugal”, sublinhou o Presidente do PSD. Rui Rio considera que “independentemente de quem ganha as eleições, de quem está no poder atualmente, o País como um todo precisa do Governo e da oposição, dos partidos todos, para fazer essas reformas estruturais, senão Portugal nunca as fará e atrasa o seu desenvolvimento”.