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Hugo Soares esteve, esta manhã, na RTP3 onde abordou vários assuntos da atualidade, dos quais a questão do Orçamento do Estado para 2018, a importância do relatório da Comissão Técnica Independente para futuro, assim como o impacto da situação vivida na Catalunha em Portugal
“Há uma coisa que o PSD não fará, nunca, que é sentar-se à mesa da distribuição das migalhas do Orçamento do Estado (OE)”, afirmou esta quinta-feira o líder parlamentar, Hugo Soares, à RTP3. “Se for possível melhorar o documento, apresentaremos propostas que demonstrem a nossa alternativa”, acrescentou.
Depois de ter reiterado que os social-democratas não têm, ainda conhecimento do OE para 2018, explicou que o PSD “esteve em reunião com o Governo que apresentou linhas gerais, muito pouco, daquilo que pode ser”. Referindo-se ao facto de o atual Executivo ter transmitido “a possibilidade de mexida das taxas marginais do IRS” e ter garantido “de que não haveria aumento de nenhum outro imposto”, o Presidente da bancada parlamentar do PSD assinalou “duas novidades” publicadas esta manhã num jornal nacional: “um possível aumento do IRC”; “o próprio PCP” a anunciar os aumentos dos impostos. “É uma novidade na vida política portuguesa que é importante registar”, apontou (ver mais aqui).
“Ao Governo compete governar e ao PSD compete fazer oposição”, reforçou Hugo Soares, depois de ter lembrado que o modelo económico defendido por PS, BE e PCP “falhou”. Insistindo na necessidade de serem conhecidas as “prioridades”, bem como “a política estratégico-orçamental” da maioria que governa o País, explicou que “há um ano, o Governo apresentou um orçamento que não executou”. Hoje, “é dado a conhecer que o investimento público vai continuar a ser muito reduzido”, partilhou.
Comissão Técnica Independente: “Espero que aponte caminhos para futuro”
Sobre o relatório da Comissão Técnica Independente, Hugo Soares afirmou esperar “que este relatório sirva para saber o que aconteceu e assumir responsabilidades”. “Espero que aponte caminhos para futuro”, acrescentou. Apontando que “a discussão é sempre vista como uma discussão político-partidária”, destacou que é importante que exista para que “daqui a uns anos não volte a acontecer o mesmo”.
Catalunha: “tem uma interferência muito grande com Portugal”
O líder parlamentar do PSD abordou, ainda, a situação da Catalunha para alertar que “é um dos assuntos de maior atualidade política, parece estar lá ao longe, mas é bom que os portugueses tenham noção de que tem uma interferência muito grande com Portugal”. Lembrou que “Espanha é o nosso maior parceiro comerciar e qualquer instabilidade que aconteça tem, evidentemente, interferência direta nas nossas exportações e na nossa economia”.
Considera que a suspensão da declaração de independência dá “alguma esperança de que as coisas, pelo diálogo, possam ter um caminho melhor”. Quanto a Rajoy, é da opinião de que demonstrou “uma grande firmeza” e “uma grande luta pela unidade”.
“Lá, como cá, há uma constituição e uma lei que deve ser cumprida”, afirmou Hugo Soares, defendendo “uma lógica de compromisso” e esperando “que a decisão seja dentro do quadro constitucional e legal”.