Agência do Medicamento: PSD questiona Governo

14 de junho de 2017
PSD

 

Um conjunto de deputados do PSD defende a instalação da Agência Europeia do Medicamento (EMA) em Coimbra. Num requerimento enviado ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Fátima Barros, deputada do PSD, defende que Coimbra “seria uma ótima localização” para a EMA e lembra que a cidade “possui um dos mais importantes e prestigiados centros hospitalares do País, o qual tem merecido importantes referências nacionais e internacionais”.

No texto, os eleitos por Coimbra referem que a cidade possui uma universidade “de prestígio internacional, com faculdades de Farmácia, Biologia, Medicina; Química e Engenharia, que podem e devem participar no desenvolvimento de inovação na área do medicamento”.

O PSD quer saber se Coimbra “foi estudada como alternativa de localização”, e, em caso de resposta negativa, o porquê dessa hipótese não ter sido considerada. Pergunta, ainda, quais os estudos que foram realizados e que levam “a concluir pela escolha da cidade de Lisboa em detrimento de Coimbra”.

Os deputados assinalam que o “desenvolvimento do território de forma mais harmoniosa exige correções nas políticas públicas que levem a uma descentralização na localização de serviços importantes, como é o caso da Agência Europeia do Medicamento”.  

Neste quadro, a captação deste organismo descentralizado da União Europeia constituiria “um importante fator de dinamização económico e científico”, com um “impacto certamente muito superior ao que ocorreria na Área Metropolitana de Lisboa”.

Os deputados do PSD consideram “fundamental saber se os estudos realizados levaram em consideração o impacto no desenvolvimento da região ao nível dos vários indicadores de desenvolvimento e se existiu correspondência trocada entre o Governo e a Câmara de Coimbra, sobre este assunto, bem como com a Reitoria da Universidade de Coimbra”.

 

Social-democratas criticam centralismo do Governo


Paulo Rangel e José Manuel Fernandes, eurodeputados, e Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, criticam o Governo pela sua incapacidade em considerar outras zonas do País (como Porto ou Braga) para receber a Agência Europeia do Medicamento. Denunciam, por isso, o centralismo do atual Executivo que tende em privilegiar a capital.