PT: PS desbaratou empresa em “caldo de negócios obscuros, obscenos e ruinosos”

19 de julho de 2017
PSD

Dá-nos pena que o PCP, agora de braço dado com os herdeiros de José Sócrates, não diga quem foi o responsável pela privatização da Portugal Telecom (PT)”, afirmou esta quarta-feira Adão Silva, na Assembleia da República. Acusando o PCP de falta de franqueza e de ânimo revolucionário, o deputado social-democrata quis “deixar tudo claro”: “o responsável por esta privatização foi José Sócrates”, dirigindo-se à bancada socialista esclareceu ainda que “foram vocês que usaram e abusaram de uma empresa que, com milhares de trabalhadores, é absolutamente estratégica para Portugal”.

Foi o PS quem “desbaratou a empresa num caldo de negócios obscuros, obscenos e ruinosos”, recordou o vice-presidente do Grupo Parlamentar e que, por conseguinte, “usaram e abusaram de todos nós em atos de marialvismo económico que, hoje, estamos todos a pagar”. Tal como lembrou Adão Silva, “na hora da bancarrota de 2011, deixaram ainda um legado ao País e ao governo: a eliminação dos direitos especiais que o Estado tinha ainda na PT”.

 

“Direitos dos trabalhadores devem ser escrupulosamente respeitados

O PSD reiterou que “os direitos dos trabalhadores devem ser escrupulosamente respeitados”. Caso não o sejam, “a culpa é deste Governo e da sua maioria que pode fazer e alterar leis e intensificar a atuação da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)”.

O PCP (assim como BE e PEV) “é comparsa deste Governo e membro efetivo, a tempo inteiro, desta maioria”, alertou o deputado, ao intervir em plenário. Neste sentido, apelou para que se deixem “de hipocrisia”. Salientou, por isso, que “governar não é um ato de queixume, azedume ou de simulação, mas de construção e tempo de tomar decisões eficazes”.

 

António Costa evidencia “linha de continuidade com o socratismo”

Adão Silva expôs, ainda, a intenção “não assumida” desta marcação do PCP “que se liga com a forma agressiva como, nos últimos dias, António Costa tem atacado a PT Altice, no melhor estilo de um governante de uma república bananeira”. Explicou que o primeiro-ministro mostra ter uma “estranha linha de continuidade com o socratismo triunfante da década passada”, denotando-se “os mesmos tiques e truques” de então.

Assim, “António Costa denigre e enxovalha empresas privadas”. “Será porque a PT Altice, num momento em que procede à compra da Media Capital/TVI se tornou num incómodo para o seu Governo de meias verdades e de dissimulação?”, perguntou, aludindo à “lei da rolha” que o atual Executivo parece querer impor aos “organismos que deveriam informar os portugueses”.

António Costa, num alinhamento perfeito com o seu percursor inspirador político José Sócrates, quer governar na base da dissimulação, dos subterfúgios, das inverdades e do passa as culpas”, reforçou, acusando ainda PCP e BE de se entregarem “com denodo e empenho” a esta forma de governar. “Quem havia de dizer que o PCP e o BE seriam, afinal, comparsas desta comédia de enganos? Quem havia de dizer que o PCP e o BE iriam instrumentalizar os trabalhadores de uma empresa privada para acobertar propósitos inconfessáveis de António Costa e dos socialistas reinantes?”, questionou.