PSD vai apresentar propostas que reformem a Segurança Social

3 de novembro de 2016
PSD

O líder do PSD disse esta quinta-feira, 3 de novembro, o PSD pretende apresentar propostas estruturantes para o Orçamento do Estado de 2017 que visem melhores perspectivas de futuro, nomeadamente em assuntos da Segurança Social.

Pedro Passos Coelho abordou a necessidade de avançar com a reforma da Segurança Social, considerando que não basta estar "a deitar dinheiro para cima de uma situação" sem que esta fique resolvida.

"O que queremos é gerar confiança e, sobretudo, não estar a deitar dinheiro para cima de uma situação - como é o caso da Segurança Social - sem que se reforme a própria Segurança Social", afirmou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com a CIP - Confederação Empresarial de Portugal, em Lisboa.

Recusando a ideia de colocar dinheiro na Segurança Social como o atual Governo propõe vir a fazer para "adiar o problema", Pedro Passos Coelho defendeu que é preciso aproveitar a oportunidade para resolver o que é preciso resolver.

"Isso custa dinheiro, o atual Governo já concordou que isso custa dinheiro porque senão não criava um imposto novo e não consignava a sua receita à Segurança Social, o Governo já concordou na prática que é preciso pôr lá dinheiro para este efeito. O que era importante era que se colocasse dinheiro numa coisa que ficasse resolvida e não que fosse adiada", defendeu.

Pedro Passos Coelho adiantou ainda que a Segurança Social será, aliás, uma das áreas em que o PSD pretende apresentar propostas "estruturantes" no âmbito da discussão na especialidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017.

Sem antecipar o que será proposto, o líder do PSD disse apenas que é necessário dar "confiança ao sistema previdencial", garantindo que os sistemas de pensões e de apoio social têm sustentação e não terão "sobressaltos".

Outro tema abordado pelo Presidente do PSD foi a Caixa Geral dos Depósitos. Pedro Passos Coelho afirmou que o cumprimento dos deveres de transparência por parte dos gestores públicos é uma questão de "decência elementar" e recusou dar por encerrado o "folhetim" sobre a administração da Caixa Geral de Depósitos.

"É uma questão de decência e, por decência elementar, pessoas que se disponibilizam - independentemente dos valores que vão receber a título de rendimento - para serem gestores de um banco público, de uma entidade pública, têm o dever de transparência", afirmou o presidente social-democrata.