PSD: “Saúde enfrenta tempos de degradação”

30 de junho de 2017
PSD

Foi após o encontro com a Ordem dos Médicos, esta sexta-feira, 30 de junho, que o PSD considerou que o setor da saúde enfrenta “tempos de degradação” e acusa a tutela de incapacidade para implementar reformas.

“O setor da saúde, sobretudo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), está a viver tempos de degradação e está a viver uma tendência muito preocupante de degradação dos diversos fatores da sua atividade”, disse o deputado Miguel Santos, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD e que integra a Comissão de Saúde.

Provas dessa “degradação”, o deputado do PSD referiu o corte de 35 por cento que o Ministério da Saúde teve que impor é consequência da incapacidade do ministro, Adalberto Campos Fernandes, em tomar medidas estruturais e continuar as reformas no SNS.

Para Miguel Santos os diferentes níveis de acesso conforme as regiões e “a degradação financeira do sistema” tem consequências que considera “gravíssimas” no acesso aos medicamentos e aos cuidados de saúde.

“Manifestamos a nossa preocupação porque, comprovadamente, este ministério e este ministro da Saúde não tem capacidade para promover reformas estruturais e para inverter esta tendência que foi criada há um ano”, afirmou o deputado do PSD.

No que diz respeito às políticas dos antigos governos do PSD para o setor, Miguel Santos sustentou que “na saúde houve sempre uma discriminação positiva” em todos os fatores, inclusivamente, acrescentou, no fator financeiro e orçamental.

 “Havia sempre um discurso político, repetido até à exaustão, dos cortes e do desmantelamento que agora, a prática política de quem apoia o (atual) Governo traduz em reduções e subfinanciamentos. A conversa é outra, mas a prática é bastante pior”, argumentou.

O deputado frisou que “todas” as iniciativas parlamentares do PSD foram “recusadas e chumbadas”: sobre o nível de financiamento do SNS que “estava a acontecer desde o governo anterior” e sobre a prestação de serviços, porque, afirmou, o nível de contratação aumentou exponencialmente em 2016.

“Agora verificamos que há um decreto do Ministério da Saúde em cortar 35 por cento, indiscriminadamente, e que vai ter efeitos muito negativos sobretudo nos hospitais da periferia”, concluiu.

No final do encontro, Miguel Magalhães, bastonário da Ordem dos Médicos, afirmou que transmitiu ao PSD as preocupações sobre o setor da Saúde, entre as quais, a falta de clínicos.
 

Assista aqui à intervenção de Miguel Santos após o encontro com a Ordem dos Médicos.