PSD PROPÕE: Audição a ministro das Finanças e presidente da CGD sobre prejuízos

10 de março de 2017
PSD

O PSD pretende ouvir no Parlamento, com urgência, o ministro das Finanças e o presidente do banco público, sobre os motivos que levaram o Governo a alterar os critérios usados para contabilizar o crédito malparado (concedido no governo de Sócrates) e que estão na base do anúncio da recapitalização. Entre 2011 e 2015, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) conseguiu absorver mais 5 mil milhões de euros de imparidades, anteriores a 2011, com o Estado a injetar 1,6 mil milhões de euros em 2012.  

O malparado terá sido o motivo para o aumento dos prejuízos da CGD que esta sexta-feira foram conhecidos. A Caixa, ao contabilizar imparidades (crédito dado pela CGD no governo de Sócrates), registou prejuízos de 1.900 milhões de euros, em 2016. O deputado do PSD Duarte Pacheco explicou que "um agravamento drástico como aquele que hoje foi reportado dos prejuízos da Caixa Geral de Depósitos nunca pode ser uma boa notícia". Duarte Pacheco desmistificou mais uma narrativa do Partido Socialista: não é por os prejuízos terem ficado abaixo dos 3.000 milhões de euros, que as previsões apontavam, que deixam de ser uma situação grave.

O Governo e a Caixa Geral de Depósitos devem aos portugueses explicações sobre a alteração dos critérios de avaliação do risco e dos créditos concedidos, tendo em vista que os auditores são os mesmos e não foram encontrados “casos novos”.

"O agravamento do prejuízo do banco público significa que os contribuintes poderão ser chamados a intervir mais — e isso é algo que pesa a todos", alertou.