PSD diz que veículo para crédito malparado não pode onerar os contribuintes

13 de abril de 2016
PSD

O PSD considerou hoje que é ainda necessário clarificar questões sobre criação de uma instituição financeira responsável pelo crédito malparado, mas sublinhou que é fundamental a salvaguarda dos contribuintes, que não devem ser onerados com encargos adicionais.

"A questão fundamental relativamente a este mecanismo tem a ver com a salvaguarda dos contribuintes, o PSD entende que os contribuintes não devem ser onerados com encargos adicionais", afirmou o deputado do PSD Manuel Rodrigues, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Reservando uma posição do partido para quando forem conhecidos os termos do veículo de ativos não produtivos avançado pelo Governo, Manuel Rodrigues disse existirem ainda questões que importa clarificar.

Para o PSD, é necessário ainda clarificar como se irá financiar este fundo, que tipo de ativos não produtivos irá integrar o seu balanço ou se este fundo irá ser lançado antes ou depois da alienação do Novo Banco. Ou seja, salientou, há muitas questões que estão a ser desenhadas pelo Governo e o PSD aguarda os seus detalhes para se pronunciar.

Manuel Rodrigues ressalvou, contudo, que apesar do elevado volume de ativos não produtivos existente nos bancos nacionais, que penaliza a rentabilidade acionista, o financiamento à economia tem estado assegurado.

"O ponto central é o financiamento à economia, que tem estado garantido em Portugal", frisou, reconhecendo, contudo, que um elevado volume de ativos não produtivos penaliza a rentabilidade acionista.

O deputado do PSD defendeu ainda que dada a elevada exposição da banca nacional à dívida pública, "a melhor garantia de solidez e a melhor garantia de estabilidade do sistema financeiro, tem a ver com o fortalecimento das finanças públicas".