PSD DENUNCIA: Maioria de esquerda deixa emprego jovem ao abandono

26 de janeiro de 2017
PSD

O Governo não tem políticas de promoção do emprego jovem, acusou esta quinta-feira o PSD.

Num debate onde os partidos que suportam o atual governo insistiram em criticar o executivo anterior, não discutindo o presente mas sim o passado, o PSD revelou a total ausência de medidas ativas para promover o emprego jovem. Mas “os jovens já perceberam que esse discurso é de quem foge à responsabilidade”, lembrou a deputada social-democrata Joana Barata Lopes.

Onde é que estão as vossas medidas ativas de combate ao desemprego jovem? Elas não existem. Nem boas nem más”, questionou a deputada, mostrando que o governo do Partido Socialista, apoiado pela maioria de esquerda, deixou os jovens ao abandono.

O Parlamento debateu esta quinta-feira a proposta socialista para a criação de um selo de garantia para empresas com práticas responsáveis de contratação e inserção na vida ativa de jovens. Uma medida que não passa de “uma estampa” que não “garante absolutamente nada”, acusou Joana Barata Lopes.

“Os senhores ainda não fizeram nada”, criticou ainda a deputada do PSD, que não deixou de lembrar à bancada socialista que “há um plano nacional contra a precariedade para ser apresentado nesta Assembleia da República há quase um ano”.

Sublinhando a incoerência da maioria que suporta o Governo, a deputada do PSD recordou que hoje “ninguém fala” sobre o plano de combate à precariedade. “Quem falava antigamente, agora já não fala”. A mesma incoerência encontra-se na contestação da Juventude Socialista, que, no passado, criticou o governo liderado pelo PSD por reduzir a duração dos estágios profissionais. Agora que o governo do PS passou de nove para seis meses os mesmos estágios, a Juventude Socialista não critica a “indiferença” do executivo de António Costa.

Por explicar está ainda o sistema de seleção que o Governo preparou para as empresas que pretende apoiar. “Não o preocupa que as empresas que se candidatam a estágios, que seja através de pontos que o Governo vai definir como é que atribui às empresas, que entender, que devem receber pontos para receber esse dinheiro? Esta falta de transparência não lhe parece estranha?”, questionou Joana Barata Lopes. “Dá vontade de perguntar se estes critérios serão disponibilizados mais perto das autárquicas para poder favorecer eventualmente um eleitorado que dê mais jeito.”

O Governo tem ainda de esclarecer que fim pretende dar às verbas comunitárias integradas no pacote de 500 milhões de euros, que estão previstos para Portugal, este ano.