PSD acusa PCP e BE de estarem contra liberdade de expressão

14 de abril de 2016
PSD

O PSD acusou o PCP e BE de estarem "vendidos ao perfume do poder" e contra a liberdade de expressão por terem rejeitado as audições do ex-ministro da Cultura, da ERC e da diretora do Público.

Esta posição foi assumida pelo deputado e vice-presidente da bancada social-democrata, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, numa reação ao chumbo daquelas audições que o PSD tinha pedido através de um requerimento na Comissão de Cultura. "Fica claro que o PCP e o BE são partidos que estão rendidos e vendidos ao perfume do poder. Portanto, a partir de hoje, jamais poderão dizer que são partidos que defendem a liberdade de expressão e que entendem que o parlamento é o lugar indicado para a explicação de assuntos desta natureza", sustentou o deputado, referindo que o PSD já contava com os votos contra do PS.

Nas declarações aos jornalistas, Sérgio Azevedo lamentou igualmente o chumbo da audição do ex-Chefe do Estado-Maior do Exército por parte dos mesmos partidos: "Mais uma vez, estes partidos, em conluio, organizados, votaram contra essa audição, impedindo o esclarecimento cabal ao parlamento e aos portugueses".

O social-democrata salientou que este é o mês do 25 de abril, que instituiu a liberdade de expressão em Portugal, acrescentando: "É com grande consternação e com uma profunda tristeza que vemos hoje no parlamento português uma atitude limitativa dessa mesma liberdade de expressão por parte do PS, do PCP e do BE, sobretudo destes dois últimos, que se têm dito paladinos da defesa da liberdade de expressão".

Questionado sobre as audições chumbadas por outras maiorias parlamentares noutras legislaturas, Sérgio Azevedo alegou que o PSD se comportou de forma diferente quando esteve no Governo. "Nós autorizámos sempre e validámos sempre as audições, por exemplo, no caso do ministro Miguel Relvas", alegou.

"Nunca fugimos a essa matéria nem nunca coartámos a liberdade de expressão. Estes partidos sim, estão a fazê-lo, de forma organizada hoje no parlamento. É um modo de operação que em nada corresponde àquilo a que estamos habituados a assistir", reforçou.