PSD acusa Mário Centeno de desresponsabilização face ao Montepio

30 de março de 2017
PSD

Montepio: “ministro das Finanças claramente passa a responsabilidade para o seu colega de Governo, o ministro Vieira da Silva”

 

Esta quinta-feira, 30 de março, o PSD acusou o ministro das Finanças, Mário Centeno, de uma tentativa de desresponsabilização em relação ao grupo Montepio, e defendeu que o Governo tem "um papel efetivo de supervisão", em particular quanto à Associação Mutualista.

Face à entrevista de Mário Centeno, ministro das Finanças, ao Jornal Público e à Radio Renascença, na qual, quando questionado sobre o Montepio, o ministro respondeu estar descansado quanto ao seu trabalho, o PSD alertou:

"O grupo Montepio tem uma situação única, para além da supervisão financeira do Banco de Portugal quanto à Caixa Económica, o Governo tem um papel efetivo de supervisão relativamente a este grupo, em particular quanto à Associação Mutualista.”, disse o vice-presidente da bancada do PSD, António Leitão Amaro.

Para o deputado social-democrata, a entrevista do ministro das Finanças suscitou-lhe "duas preocupações".

"Em primeiro lugar, o ministro das Finanças claramente passa a responsabilidade: ou tentou passar culpa para o seu colega de Governo, o ministro Vieira da Silva, revelando uma falta de solidariedade; ou todo o Governo está numa situação de inação e não cumprimento do seu mandato de supervisão relativamente ao grupo Montepio, em particular a Associação Mutualista.”

Por outro lado, o PSD salienta  que, nas últimas semanas, têm sido noticiados "factos relevantes" sobre o grupo Montepio e sobre o presidente da Associação Mutualista que seriam do conhecimento do Governo "há meses".

"O Governo é responsável, porque o ministro das Finanças faz um exercício de desresponsabilização. Torna-se necessário que sejam dados esclarecimentos aos portugueses sobre o que o governo está a fazer e se está a cumprir a sua função de supervisão", afirmou, sublinhando que o executivo "está em funções há 16 meses", já tendo decorrido cerca de um terço do seu mandato.