“Portugal precisa de uma ideia de futuro”

4 de novembro de 2016
PSD

Foi perante uma plateia esgotada, em Lousada, que Pedro Passos Coelho reafirmou o compromisso para com uma ideia de futuro para Portugal. O Presidente do PSD criticou ainda o vazio do programa de governo, reafirmando a estratégia do PSD para um Portugal com futuro.

Pedro Passos Coelho foi muito claro ao afirmar que “queremos um Portugal europeu e não um Portugal cheio de azia em relação à Europa. Queremos estar mais próximos da média europeia, porque sabemos que isso significa uma sociedade mais avançada. Queremos estar a par com o progresso.”. O Presidente do PSD dava o mote para a apresentação de um conjunto de ideais para levar Portugal mais longe. O País deveria estar a par do crescimento da média europeia, para crescer ao mesmo ritmo que países como a Espanha, por exemplo.

“Queremos uma economia mais aberta. Em que quem tem mérito, e se esforça, consiga obter o financiamento necessário para os seus projectos. Queremos uma democracia não só política, como económica e social, e ainda há muito a fazer para atingir esse estado, porque há muita gente que ainda fica para trás”, referiu, fazendo referência à matriz social-democrata.

Citando os dados do INE conhecidos hoje relativamente às desigualdades, Pedro Passos Coelho relembrou que, no período da sua governação, e apesar de todas as dificuldades, conseguimos que as desigualdades não se acentuassem. “Mas ainda é preciso fazer muito para que sejam combatidas. Quando apoiamos os que têm menos quando já é muito tarde, não lhes damos as devidas oportunidades. Como é que o fazemos? Com uma economia aberta e não protegida. Temos muitas transformações a fazer para ser uma sociedade aberta, inovadora, com verdadeira concorrência. Se isso atrai investimento estrangeiro, porque não, se nós não temos que chegue? Se não temos os meios que precisamos temos de fazer pela vida. Ser abertos, ter qualificações mais elevadas e ser exigentes”, explicitou.

“Queremos que quem cria oportunidades de emprego crie postos de trabalho cada vez mais qualificados. É isto que esperamos que possa acontecer no nosso país, e é por isso que lutamos e sabemos que ainda há muito por fazer. É por isso que é preciso fazer reformas”, afirmou o Presidente do PSD, referindo que o atual governo e a maioria que o suporta não quer reformar nada, quer milagres, quer sem esforço poder dar mais a toda a gente. Acrescentou ainda que “se queremos dar alguma coisa, temos de saber gerar alguma coisa de novo. Não se dá o que se não tem. Se queremos ter mais temos de fazer por isso, e isso implica esforço. É aproveitar as oportunidades. Queremos apenas viver bem hoje, ou estamos disponíveis hoje para trabalhar para futuro e ter mais alguma coisa amanhã? É isto que temos de dizer a todos os portugueses. Nós não estamos cá a espera que os comboios passem, não temos medo de ir à luta, de trabalhar de correr riscos. Queremos ir mais longe e estamos cá para fazer o que é necessário.”

 

Um ano perdido

Concluído quase um ano da assinatura dos acordos à esquerda, Pedro Passo Coelho relembrou que, há precisamente um ano, este executivo afirmava que sabia fazer melhor.Diziam saber como pôr o país a crescer mais, com mais igualdade, com maior reposição dos rendimentos, com melhor execução do Portugal 2020. E agora reparem, nem para o ano o Governo espera que Portugal cresça tanto como cresceu connosco em 2015. Connosco foi criado mais emprego em 2015. Connosco o desemprego caiu a maior ritmo em 2015”, disse.

Prosseguiu dizendo que “este executivo repete as ilusões. A estratégia falhou, os resultados são piores, e não conseguem concordar com um programa mais ambicioso. O objectivo deles é que o PSD não governe, não se importam que a economia não cresça tanto, que não haja tantas exportações. Estão mais preocupados com eles próprios do que com o país e os portugueses.” Ninguém governa um país porque não quer que outro governo, isso é pouco. É necessária uma ideia de futuro, é isso que traz condições para governar. Não basta saber o que não se quer, é preciso saber o que se quer.  

O atual governo, como não tem outro programa, não tinha mais do que reverter todas as medidas. Qual é a estratégia? Qual é a visão para o país? O que podemos dizer aos que votam, sobre o que queremos fazer? Do lado da maioria que nos governa, não se descortina nada. Não se sabe o que se quer. 

Mas nós sabemos o que o pais precisa. De crescer mais, de atrair mais investimento, sem o qual não criamos mais empresas, mais postos de trabalho. Tem de haver igualdade de oportunidades para que ninguém fique para trás.

A visão do PSD é clara: “vale a pena manter a nossa coerência e podermos olhar para o futuro com uma visão de país e de futuro que não seja oportunista. Se tivermos determinação, paciência e vontade todos estaremos mais próximos de ter um país mais próspero, com mais crescimento, mais oportunidades e mais justiça. Somos um partido social-democrata porque sabemos que as coisas não acontecem por si nem só por vontade do Estado. As pessoas são o motor da História e são elas que contam nas escolhas que se fazem para futuro. O Estado só existe na medida em que esteja ao serviço das pessoas e da pessoa. É esta a nossa matriz, é isto que somos aos olhos de todos”.