“Portugal está sem rumo e sem estratégia"

29 de outubro de 2016
PSD

A terceira sessão das Jornadas CCC – Consolidação, Crescimento e Coesão decorreu em Fafe, no distrito de Braga, e a mensagem transmitida por Luís Montenegro foi clara, e em forma de pergunta: para onde está a ir este País?

O Líder Parlamentar do PSD afirmou que o Partido Social Democrata quer “perguntar ao país se se consegue vislumbrar um caminho, um rumo. Para onde estamos a ir? Para onde nos estão a levar?” A resposta, já se sabe. Ninguém sabe. Ninguém sabe qual o legado que este Governo, quando acabar o seu mandato, quer entregar.

“Foi-nos prometido mais crescimento, mais emprego, mais coesão social. Só que tudo isso já foi por água abaixo. E eles não querem admitir o erro”, disse Luís Montenegro.

Estão a ser feitos cortes cegos, e o País só não sabe mais porque os sindicatos estão de greve. “Os problemas não acabaram. Os transportes públicos estão bloqueados, nem papel há no Metro de Lisboa, e ninguém diz nada. Isto acontece porque o país não tem rumo, nem estratégia, tem negócio”, disse o social-democrata. Eles estão reféns da cumplicidade, colmatou.

O que está a acontecer em Portugal nos impostos é “um escândalo. Nós já atingimos a fadiga fiscal em todos os domínios. Nós não nos podemos vergar ao Estado ir buscar aos cidadãos toda a sua receita. O PSD não pode aceitar isto”, referiu Luís Montenegro. Este é um caminho errado e sem remendo, pelo que o PSD não vai entrar nas pequenas questões. O PSD vai, sim, apresentar propostas programáticas com uma visão de médio e longo prazo.

Coube a José Manuel Fernandes, na qualidade de Presidente da CPD do PSD de Braga, a abertura da sessão, tendo dito aos bracarenses que “neste distrito, o PSD tem dado estabilidade aos governos e executivos de cada concelho. Nós somos um sinal de estabilidade no nosso apoio. No PS, o interesse deles é o partido, não o país. Só pensam na sua sobrevivência.”

Também referindo-se ao Partido Socialista, Hugo Soares, deputado do Grupo Parlamentar do PSD, afirmou que qualquer Orçamento apresentado por António Costa tem “uma ferida na legitimidade política, porque este executivo não ganhou as últimas legislativas. Este é um OE assenta em premissas que não existem, até porque só recebemos os números ontem. É um Orçamento sem crescimento”.

Adão Silva, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, afirmou que este Orçamento do Estado é um instrumento que demonstra “como os partidos da geringonça se uniram da melhor forma possível para elaborar um documento unicamente a pensar nas eleições autárquicas”. Por isso mesmo, este não apresenta sequer, e por exemplo, uma dinâmica para fazer crescer o emprego e diminuir o desemprego.