Pedro Passos Coelho: “Portugal devia estar a crescer mais”

24 de março de 2017
PSD

O Presidente do PSD afirmou estar satisfeito com o resultado do défice, mas que este foi conseguido através de medidas estraordinárias

O Presidente do PSD afirmou estar “satisfeito” com o facto de o valor do défice alcançado. “No entanto, como foi alcançado este défice? Através de medidas que se fosse eu a tomá-las caía o Carmo e a Trindade”, disse. Como se conseguiu? “Foi através de medidas extraordinárias”.

Nunca o investimento público foi tão baixo, aliado ao facto de o investimento privado também ter registado uma quebra. Foram feitos também “cortes cegos na Administração, o que demonstra que este défice não foi alcançado através de medidas sustentáveis.” A par do investimento, também o fraco ritmo de produtividade constitui uma preocupação. É preciso olhar para a qualificação, para a inovação para a abertura da nossa economia que poderemos melhorar.

O Presidente do PSD esteve hoje em Paris, num encontro com as comunidades portugueses, e recordou que a última vez que esteve na capital francesa foi precisamente em 2011, altura que o Bloco de Esquerda anunciou uma moção de censura ao governo de José Sócrates. Claro que ninguém gostou dos tempos que se seguiram mas garantiu que “Ninguém gosta mais do nosso país do que nós. É a nossa vida, o nosso país e o nosso futuro”, afirmou.

Mas esse processo não acabou. Estamos a meio. E quem considera que a Europa é responsável está profundamente errado”. Temos de ser nós a resolver os nossos problemas: “os outros podem-nos ajudar mas se nós não queremos ser ajudados... E essa vontade não se identifica com a maioria que hoje governa o País

Pedro Passos Coelho recordou que, nos anos que se sucederam, o trabalho feito pelo seu executivo e pelos portugueses conseguiu recuperar a credibilidade do país e evitar “situações sociais mais dramáticas”. No entanto, o PSD conseguiu que o país crescesse, tendo-se registado em 2015 um crescimento maior do que em 2016, o que leva Portugal a crescer menos do que outros países. O líder social-democrata alertou para o facto de, quando as dívidas não são pagas, se chegar ao limite de ter que resstruturar a dívida. E hoje, verificamos que a dívida pública aumentou.

O esforço de recuperação fizemos entre 2011 e 2015 foi feito “a pensar no futuro. O que mais nos preocupa é não ter capacidade para crescer mais. Este ano poderemos crescer 1,7% ou 1,8%, mas é um crescimento ainda modesto.” Precisávamos de crescer 2,5% ou 3%. Precisávamos de um crescimento mais forte, de atrair mais investimento e isso exige competitividade. “Exige reformas. Nós fizemos várias reformas. Precisamos de levar mais longe as nossas reformas para atrair mais investimento. E devemos ser mais exigentes na qualidade do investimento”, disse.

Há, apesar de tudo, sinais positivos, como o Turismo, que vive uma dinâmica que não se verificava há 8 ou 10 anos atrás. “Espero que o atual Governo não estrague este dinamismo”, afirmou o líder social-democrata.

O Presidente do PSD esteve hoje em Paris e amanhã estar no Luxemburgo. A acompanhá-lo está também Carlos Gonçalves, deputado social-democrata, que afirmou no mesmo encontro que “Portugal será mais forte se valorizar os 5 milhões que vivem fora de Portugal. Porque Portugal também se faz aqui, sendo uma honra para todos nós ter aqui o Dr. Pedro Passos Coelho."