“O PSD vai apresentar propostas estruturantes para preparar um futuro melhor”

3 de novembro de 2016
PSD

Maria Luís Albuquerque, Vice-presidente do PSD, em entrevista ao Jornal Público e à Renascença disse que o que OE2017 revela falta de ambição e de estratégia. O PSD promete propostas estruturantes durante o debate parlamentar.

O PSD vai voltar a apresentar propostas na discussão do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017). Segundo Maria Luís Albuquerque, serão propostas que permitam olhar para o futuro com confiança. A descida do IRC e a reforma da Segurança Social serão duas das áreas em que os sociais-democratas querem apostar.

Sobre o Orçamento do Estado para 2017, Maria Luís Albuquerque afirma que apresenta “matérias profundamente erradas, mas o que tem de pior é persistir na estratégia falhada de 2016, que não foi capaz de produzir o crescimento e a melhoria económica que, supostamente, seria capaz. Para 2017 mantém-se a mesma estratégia com um cenário macroeconómico que é menos optimista, mas que parece não conter os elementos para justificar as previsões de crescimento que lá são incluídas, nomeadamente das exportações e do investimento. É um OE que, para manter os equilíbrios muito instáveis que têm caracterizado a governação, acaba por ser um agregado de opções políticas sem uma estratégia definida para promover um futuro melhor. Esta falta de ambição e de estratégia é claramente a maior falha do OE.”

Questionada sobre “o que propõe o PSD?”, a vice-presidente do PSD afirma: “Vamos apresentar propostas, mas estruturantes, que pretendem precisamente dar melhores perspectivas de futuro. Queremos dar um conjunto de ideias que possam ajudar a preparar um futuro melhor, porque o que mais nos preocupa é os instrumentos fundamentais da governação não permitirem ter essa expectativa de que o futuro vai ser melhor.”

Sobre a Caixa Geral de Depósitos, a vice-presidente do PSD afirmou que “Quem gere aquilo que é público tem obrigações de transparência acrescidas. Os gestores públicos têm de apresentar declarações de rendimento e património para que se tenha a garantia de que quem está a gerir a coisa pública não o faz em seu próprio benefício.”