“O atual Governo permitiu que se desbaratasse o valor da confiança na CGD”

1 de agosto de 2016
PSD

Esta segunda-feira, 1 de agosto, o PSD afirmou que espera que o ministro das Finanças, que acusou de “nada saber” tenha uma "ambição responsável" e não injete mais dinheiro do que o necessário no banco público por "capricho", lembrando que mesmo que aquele valor não entre para as contas do défice é "dívida" que "terá que ser paga" pelos portugueses.

"Dá às vezes a sensação de que o Governo quer alimentar uma certa suspeição constante sobre o sistema financeiro e isso prejudica o sistema financeiro, prejudica a confiança na economia e não conseguimos perceber porquê”, afirmou Hugo Soares, Deputado do PSD, na Conferência de imprensa em Braga.

Salientou ainda que “parece que há uma vontade férrea do ministro das Finanças em criar a ilusão de que o sistema financeiro não está a cumprir aquilo que deve cumprir em termos de rácios de solvabilidade".

O Deputado do PSD alude que o atual governo anda "tardar" em esclarecer qual o valor que será necessário para recapitalizar o banco público: "Qualquer ministro das Finanças responsável, assim que saíram valores [sobre o montante a injetar na CGD], que ele diz que ainda não existem, deveria ter chamado a comunicação social e dizer que ainda não há um valor mas que queremos garantir a confiança a todos os portugueses no sistema financeiro e na CGD".

Ao não esclarecem a situação da CGD, o governo permitiu que “na praça pública se desbaratasse por completo o valor da confiança [na CGD] que é tão importante para o banco público".

Ainda sobre o valor da recapitalização da CGD, que, lembrou Hugo Soares, a atual administração do banco referiu que deve rondar os 2 mil milhões de euros, o PSD afirmou esperar que o Governo tenha uma "ambição responsável" ao definir o valor a investir naquela instituição bancária.

"Se o Governo por algum capricho do acionista que é o Governo, representado pelo ministro das Finanças, quiser somar a este 2 mil milhões um valor astronómico, então estamos a falar de uma ambição que é irresponsável e de uma ambição que será paga em dívida e com os impostos dos portugueses", acrescentou Hugo Soares.