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"Dinheiro do Estado é dos portugueses, não é do Governo"
Esta sexta-feira, 31 de março, o PSD sublinhou que o Governo tinha assegurado que não existiriam garantias públicas na venda do Novo Banco, desafiando o executivo a esclarecer essa dúvida e quanto custou o que classificou de "perdão parcial de dívida" aos bancos.
"Recordo que, nos últimos meses, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças, por diversas vezes, garantiram que não iria haver envolvimento de mais dinheiro dos contribuintes nos bancos e que não existiriam garantias públicas na venda do Novo Banco", disse António Leitão Amaro, Vice-presidente da bancada do PSD.
O Deputado do PSD exigiu ao Governo dois esclarecimentos "muito concretos", na conferência de imprensa prevista para hoje à tarde.
"Em primeiro lugar, se há ou não garantias públicas, empréstimos ou dinheiros do Estado envolvidos no negócio de venda do Novo Banco? Qual o montante? Que garantias são? Quais é que são as condições e qual é o custo para os contribuintes", questionou.
"Dinheiro do Estado é dos portugueses, não é do Governo", sublinhou António Leitão Amaro.
Por outro lado, o PSD considera que o Governo tem de dizer “quanto custa o perdão parcial de dívida que fez aos bancos nas últimas semanas relativamente ao empréstimo ao fundo de resolução relativamente ao Novo Banco.”
Para o Vice-presidente da bancada do PSD, “ao ter decidido alargar prazos de pagamento e reduzir os juros pagos, o Estado, o Governo, o que fizeram foi dar um perdão aos bancos.”
"Depois desta alteração, os bancos, através do fundo de resolução, ficam a pagar ao Estado um valor real muito inferior do que o suportado pelos contribuintes", disse.
"O PSD quer ouvir a resposta do Governo e tomará posição sobre ela", realçou António Leitão Amaro.