"Mas quem é que põe dinheiro num país dirigido por comunistas e bloquistas?"

28 de agosto de 2016
PSD

Pedro Passos Coelho defendeu este domingo, 28 de agosto, na tradicional Festa Convívio do PSD de Boticas, que Portugal precisa de atrair investimento para poder gerar emprego e rendimento, mas questionou “quem é põe dinheiro” num país dirigido por comunistas e bloquistas.

“Mas quem é que põe dinheiro num país dirigido por comunistas e bloquistas? Quem é o investidor que acredita que o futuro estará seguro naqueles que têm senha, que não gostam, pelo contrário, que atacam aquilo que eles designam o capital, os capitalistas, os homens que no fundo investem o seu dinheiro, as suas poupanças, nas empresas, que criam emprego e rendimento para futuro”, afirmou.

O Presidente do PSD frisou que, em Portugal, “somos poucos para poder dar o rendimento ao país que é necessário”.

“Só podemos crescer na medida em que outros acreditem em nós e ponham cá os seus recursos”, sublinhou.

Pedro Passos Coelho disse que o país precisa da confiança dos emigrantes, mas também de outros investidores de fora.

“É com essa humildade que temos que trabalhar, não é a fazer de conta que somos ricos e que não precisamos de mais ninguém. Sabendo que precisamos dos outros temos que ter a humildade de ir à procura deles e criar cá as condições para que eles possam cá investir, por cá o seu dinheiro. Ganhamos todos com isso”, sustentou.

Pedro Passos Coelho insistiu nos alertas à economia, que diz que não “está a correr bem” e que “está a crescer menos do que no ano passado”, concluindo que o “modelo proposto por este Governo falhou”.

E, na sua opinião, o Governo não quer mudar a política por duas razões: “preconceito e interesse”.

Preconceito porque, acrescentou, “sempre disseram que o Governo anterior não tinha razão” e ainda um preconceito que se “funda em certa medida na dificuldade de dar a mão à palmatória”.

“Se tivessem que corrigir a política teriam que fazer o ‘mea culpa’, mas isso não teria os votos nem do PCP nem do BE”, frisou.

E essa é, continuou, a segunda razão porque não se muda a política, “é por interesse”.

“Se se tivesse de mudar de política na prática o parlamento mudava de Governo porque os comunistas e bloquistas não aceitariam um Governo que não estivesse a fazer aquilo que, no fundo, é reclamado por estes partidos da extrema-esquerda”, salientou.

O presidente do PSD insistiu na ideia de o “Governo está esgotado”.

“Até pode durar até ao fim da legislatura e têm a obrigação moral de dar estabilidade ao país. Podem até durar a legislatura toda, mas já ninguém espera novidade desse Governo”, frisou.

O líder social-democrata disse ainda que o “Governo não quer correr riscos nem quer mudar nada, prefere que a economia definhe do que ter de concluir que não tinham razão”.

Por fim, Pedro Passos Coelho afirmou estar confiante de que “quando for o dia do julgamento as pessoas perceberão o erro que foi cometido no parlamento e corrigirão para futuro a política do país”.