Maria Luís Albuquerque diz que Ample não concorreu à compra do BANIF

13 de abril de 2016
PSD

Maria Luís Albuquerque afirmou hoje que a proposta da Ample para comprar o Banif foi "uma manifestação de interesse" e que esta "nem sequer veio ao concurso" para adquirir a participação do Estado no banco.

Questionada na Assembleia da República, a deputada social-democrata afirmou que se tratava de "uma manifestação de interesse como outras" que foram recebidas e que "esse investidor em particular nem sequer veio ao concurso".

"Suponho que todos os documentos constem da comissão e, portanto, há de estar lá essa intenção como as outras. Era uma manifestação de interesse como outras que recebemos", afirmou a agora deputada do PSD, acrescentando que o seu governo entendeu que "não havia condições na altura para abrir um concurso".

"Estávamos a preparar o processo de reestruturação para abrir um concurso de venda que efetivamente aconteceu antes do final do ano e o investidor em causa, que é hoje referido nas notícias, nem sequer veio a esse concurso", reiterou.

Quando questionada sobre as razões que levaram o anterior executivo a não considerar esta proposta da Ample, Maria Luís Albuquerque afirmou que "quando o Estado tem uma participação para vender, tem de o fazer em determinadas condições".

Por exemplo - especificou - "não o pode vender a ofertas particulares, teria de abrir um processo competitivo, teria de selecionar os compradores que viriam a comprar a participação do Estado".

Maria Luís Albuquerque disse que, na altura, o governo de que fazia parte estava "muito empenhado em concluir o processo com a Direção-Geral da Concorrência [da Comissão Europeia]" e sabia que "seria impossível vender o banco sem que esse processo estivesse concluído".