Desemprego abrandou, mas criação de emprego caiu

8 de fevereiro de 2017
PSD

A taxa de desemprego média situou-se nos 11,1% em 2016, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Houve um abrandamento face a 2015, revelando menos emprego criado. Fica, assim, confirmado que o desemprego continua a recuar, mas a um ritmo inferior ao conseguido por Portugal nos últimos anos. Existem, ainda, indícios de que o mercado de trabalho se deteriorou, nomeadamente no último trimestre de 2016.

  

                                                 

 

A queda do desemprego, em 2016, ficou, no essencial, confinada ao segundo trimestre. Ou seja, os dados indicam que o desemprego caiu graças ao turismo, não estando relacionado com a política económica do Governo. Na verdade, a queda do desemprego concentrou-se, essencialmente, nos primeiros seis meses do ano, sendo que na segunda metade de 2016 apenas recuou em cerca de 16 mil postos de trabalho.

A criação de emprego também desacelerou face a 2015. Entre o quarto trimestre de 2015 e o período homólogo de 2016, foram criados cerca de 75 mil empregos. Mas, já no último trimestre do ano passado e face ao precedente, foram destruídos 17 mil postos de trabalho.

 

Primeiro-ministro mente sobre desemprego

No debate quinzenal desta quarta-feira, o primeiro-ministro afirmou que existem, atualmente, menos 100 mil desempregados do que no ano passado. Os números desmentem António Costa . Há hoje menos 73,5 mil desempregados do que em 2015; em 2015, havia menos 79,5 mil desempregados em comparação com 2014.

Confirma-se a tendência expressa com mais intensidade no último trimestre do ano: a redução do número de desempregados em valor absoluto, tal como a taxa de desemprego, abrandaram.